Jovem Pan
Publicidade

Apoio a Lula tem apenas três ônibus para apoiar petista em depoimento a Moro

Lula - EFE

O provável adiamento do depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro pode dar mais fôlego aos movimentos de apoio ao petista, que encontram dificuldade para reunir apoiadores dispostos a viajar até o Paraná. O movimento “Ocupa Curitiba”, organizado pela Frente Brasil Popular, pretende reunir 50 mil pessoas no portão do prédio da Justiça Federal, na capital do Estado.

Publicidade
Publicidade

O encontro estava previsto para o dia 3. Mas a Polícia Federal pediu a mudança da data. Alega precisar de mais tempo para organizar a segurança no local. O feriado de 1o de Maio atrapalharia ainda mais a operação. No entanto, o diretório municipal do partido em São Bernardo, berço do PT no ABC, só reuniu militantes suficientes para encher 3 ônibus até agora.

Mesmo não sendo necessário ser filiado para ganhar a passagem, segundo uma funcionária. “A gente tem 25 ônibus pra lotar, na verdade. A meta, entendeu? Só que a gente está tentando, né. Estamos fazendo a mobilização, fazendo espalhar a notícia. (…) Pode levar até…100 pessoas. Quanto mais você conseguir chamar, melhor. (…) Nós estamos com três ônibus só. Mas assim, o sindicato ainda não mandou o nome do pessoal deles. A gente tem o sindicato, as empresas, a gente só tá pegando o nome de quem tá vindo e ligando. Os vereadores e deputados também ainda passaram a lista pra gente”, contou.

No diretório municipal de São Paulo, a programação da “excursão” até Curitiba é bem parecida com a proposta em SBC.

A ressalva sobre a mudança da data do “confronto” é feita já no início da conversa e o convite reforçado, já que a viagem é paga pelo partido. “De qualquer maneira, nós vamos continuar mobilizando o pessoal pra ir. Que seja dia 3, que seja dia 10. A única coisa que a gente vai poder disponibilizar são os ônibus. Não vai ter estadia lá porque vai, faz o ato e volta. E alimentação fica por conta da pessoa que vai.”

No entanto, mensagens de whatsapp enviadas por movimentos e centrais sindicais que circulam desde a semana passada, dão um outro tom ao dia do depoimento de Lula ao juiz Moro, chamado também de “combate do século” e “a hora da verdade”.

“Vou estar em Curitiba dia 3 para defendê-lo (Lula) com unhas e dentes. Espero que ali exploda a guerra civil. Essa é a minha esperança dia 3. Que esteja lá 500 mil, um milhão de pessoas e que o Moro cometa a insanidade de tentar prender o Lula para que a gente comece a guerra civil em Curitiba. Eu tô me preparando pra morrer na guerra.”

O ex-presidente estará em Curitiba como réu do caso do tríplex no Guarujá. Uma das suspeitas é que ele tenha se beneficiado de desvios da Petrobras para comprar e reformar o imóvel.

Ele nega e, em evento do PT nesta 2a feira em São Paulo, classificou a ocasião como sua “primeira grande oportunidade” de se defender e que a hora que o juiz marcar sua ida a Curitiba, estará lá para “falar a verdade”.

Há receio de que Moro ordene a prisão de Lula no dia, o que geraria uma grande tensão. Alas avessas ao petista também sairão de vários pontos do país, em ônibus fretados rumo à cidade. O Nas Ruas, liderado por Carla Zambelli, levará a versão “pixuleco”, aquele boneco inflável do ex-presidente com roupa de presidiário em comboios saindo de São Paulo e Brasília.

E se a Frente Brasil Popular fala em 50 mil, o Partido da Causa Operária, promete um ato com até “100 mil guarda-costas” para “ninguém nem chegar perto” de Lula.

*As informações são da repórter Carolina Ercolin

Publicidade
Publicidade