Após acusação de ficar com mais vacinas do que permitido, SP chama Ministério da Saúde de ‘mentiroso’

Estado respondeu à coletiva de imprensa feita pela pasta do governo federal em justificativa a uma suposta defasagem de doses da Pfizer

  • Por Jovem Pan
  • 04/08/2021 20h40 - Atualizado em 04/08/2021 21h08
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DANIEL CARVALHO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO - 28/05/2021 O governador de São Paulo, João Doria, protesta durante pronunciamento de Carla Zambelli Governo de João Doria acusou Ministério da Saúde de retaliação

O governo de São Paulo divulgou na noite desta quarta-feira, 4, uma nota em tréplica à fala do Ministério da Saúde sobre a ocorrência envolvendo um suposto envio de 50% de doses a menos de vacinas da Pfizer do que o previsto no Plano Nacional de Imunização. “É mentirosa a afirmação da secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, que o Estado de SP ficou com mais doses da vacina do Butantan conforme afirmado em entrevista coletiva do Ministério da Saúde hoje”, diz o governo. O Estado disse que está “sendo penalizado pelo Ministério da Saúde pelo sucesso da sua campanha de vacinação” e garantiu, mais uma vez, que recebeu 228 mil doses a menos do que o necessário “quando considerado o critério de distribuição equitativa realizada em todas as pautas de distribuição anteriormente enviadas”.

A secretária extraordinária afirmou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta, poucas horas após a primeira declaração do governador João Doria (PSDB) sobre a “penalização”, que pelo cálculo da Saúde, o Estado deveria receber 620 mil doses da CoronaVac na pauta anterior de distribuição do Ministério, mas, talvez por uma falha de comunicação, retirou 678 mil doses de vacinas produzidas no Instituto Butantan. A retirada é permitida por um pacto entre os dois órgãos, já que a produção do imunizante é feita em São Paulo. “Isso, por conta da equidade, a gente acaba fazendo algumas compensações que pode ser que não entendam, mas estamos sempre abertos para responder todas as dúvidas”, declarou. O Estado chamou a decisão de “arbitrária” e disse que a pasta quebrou o pacto federativo. “O Governo do Estado de SP vai tomar todas as medidas cabíveis para que o direito dos seus cidadãos seja respeitado e a vida deles preservada”, pontuou.

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