Após Alckmin e Doria anunciarem alta em tarifas, MPL marca protesto para 11/1

  • Por Estadão Conteúdo
  • 28/12/2017 16h53 - Atualizado em 28/12/2017 16h54
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Thiago Navarro/Jovem Pan Thiago Navarro/Jovem Pan Valor da tarifa de ônibus, metrô e trens passará para R$ 4,00 a partir de janeiro de 2018

O Movimento Passe Livre (MPL) anunciou uma manifestação no próximo dia 11 de janeiro para protestar contra o reajuste da tarifa de ônibus, metrô e trens em São Paulo. Anunciada nesta quinta-feira, 28, pelas gestões do prefeito João Doria (PSDB) e do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a medida vai elevar o preço da passagem de R$ 3,80 para R$ 4,00. O ato deve acontecer em frente ao Teatro Municipal, no centro da capital paulista.

“Na mais pura amizade, João Dória e Geraldo Alckmin novamente deram as mãozinhas e anunciaram MAIS um aumento! Dessa vez, de vinte centavos na nossa já absurda passagem para o começo do próximo ano e ainda junto com o corte de muitas linhas que usamos todos os dias”, escreveram os organizadores na página do evento, no Facebook.

O MPL esteve à frente dos protestos em São Paulo em junho de 2013, quando Alckmin e o então prefeito Fernando Haddad (PT) tentaram elevar o preço da tarifa de R$ 3,00 para R$ 3,20. As manifestações cresceram e se espalharam pelo Brasil, abraçando outras pautas, como a luta contra a corrupção e a má qualidade dos serviços públicos. Pressionados, os dois desistiram do reajuste, que só voltou a ocorrer em janeiro de 2015.

A tarifa unitária do transporte público de São Paulo está congelada desde janeiro do ano passado, após uma ação movida por deputados estaduais do PT. O aumento foi liberado em definitivo apenas em abril pelo Superior Tribunal de Justiça. Segundo a gestão Doria, o reajuste de 5,26% ficará abaixo da inflação acumulada pelo IPC-Fipe desde janeiro de 2016, que foi de 8,36%. Caso fosse inteiramente repassada, a tarifa ficaria em R$ 4,12. Já a tarifa da integração entre ônibus, trens e metrô, que recebeu reajuste ainda em 2017, passou de R$ 6,80 para R$ 6,96

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, técnicos das gestões estadual e municipal defenderam reajuste para R$ 4,20 (alta de 10,5%), mas tanto Alckmin quanto Doria rechaçaram a ideia.

Os dois alimentam planos eleitorais para 2018: Alckmin quer se lançar à presidência da República, enquanto Doria tenta se viabilizar como sucessor ao governo do Estado.

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