Após briga e nova lista, Eduardo é nomeado líder do PSL na Câmara
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi nomeado, nesta segunda-feira (21), como novo líder do PSL na Câmara dos Deputados. Pouco tempo antes, o agora ex-líder, Delegado Waldir (PSL-GO), divulgou um vídeo abrindo mão do cargo e afirmou que a liderança ficaria para Eduardo.
“Meu partido, PSL, decidiu retirar a ação de suspensão de cinco parlamentares e aceitamos, democraticamente, uma nova lista feita por parlamentares. Já estarei à disposição do novo líder para, de forma transparente, passar para ele toda a liderança do PSL”, disse. “Nós não rasgamos a constituição ainda, não rasgamos. A Constituição prevê que nenhum líder do Executivo deve interferir no parlamento, continuou, em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Mais cedo, em mais um capítulo da “guerra de listas” pela liderança, o deputado Vitor Hugo (PSL-GO), apresentou uma nova lista para tentar nomear Eduardo como líder da bancada. O documento, segundo nota divulgada pela assessoria da liderança do governo, tem 29 assinaturas e foi apresentado na manhã desta segunda-feira (21) à Secretaria-Geral da Mesa Diretora pelo atual líder do PSL na Casa.
A disputa pelo cargo de líder do PSL na Câmara começou há duas semanas, após uma crise interna que dividiu os integrantes do partido entre bolsonaristas – a favor do presidente, Jair Bolsonaro – e bivaristas – apoiadores do presidente da legenda, Luciano Bivar.
Relembre a briga
Na data, um áudio do presidente Bolsonaro, em conversa com seus aliados, foi divulgado. Na gravação, ele falava em articular a remoção do cargo do líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir.
Em seguida, foram protocoladas duas listas de assinaturas na secretaria Geral da Mesa na Câmara em apoio a Eduardo , que assumiria o cargo com uma eventual deposição de Waldir. Ambas foram feitas por por parlamentares ligados ao presidente da República e tinham 26 e 24 assinaturas, respectivamente.
Uma terceira lista, no entanto, feita por aliados ao presidente do partido, Luciano Bivar, continha 29 assinaturas, e apoiavam a permanência do delegado na liderança. Na quinta-feira (17), Waldir foi validado, pela Secretária Geral da Mesa da Câmara, como líder da bancada do partido na Casa.
Após o episódio, o delegado afirmou, em reunião interna da ala ligada ao presidente do partido, que vai “implodir” o presidente Jair Bolsonaro. “Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Não tem conversa. Eu implodo ele. Eu sou o cara mais fiel. Acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu andei no sol em 246 cidades para defender o nome desse vagabundo”, afirmou, em áudio obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo.
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