Guerra das listas
Na noite desta quarta-feira (16), no entanto, a crise se agravou ainda mais. Um áudio do presidente Bolsonaro, em conversa com seus aliados, foi divulgado. Na gravação, ele falava em articular a remoção do cargo do líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir.
Em seguida, foram protocoladas duas listas de assinaturas na secretaria Geral da Mesa na Câmara em apoio ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que assumiria o cargo com uma eventual deposição de Waldir. Ambas foram feitas por por parlamentares ligados ao presidente da República e tinham 26 e 24 assinaturas, respectivamente.
Uma terceira lista, no entanto, feita por aliados ao presidente do partido, Luciano Bivar, continha 29 assinaturas, e apoiavam a permanência do delegado na liderança. Na quinta-feira (17), Waldir foi validado, pela Secretária Geral da Mesa da Câmara, como líder da bancada do partido na Casa.
Após o episódio, o delegado afirmou, em reunião interna da ala ligada ao presidente do partido, que vai “implodir” o presidente Jair Bolsonaro. “Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Não tem conversa. Eu implodo ele. Eu sou o cara mais fiel. Acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu andei no sol em 246 cidades para defender o nome desse vagabundo”, afirmou, em áudio obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) havia assinado a lista em apoio a Waldir. Em razão disso, foi substituída, também na quinta-feira, na liderança do governo no Congresso pelo senador Eduardo Gomes (MDB-GO).
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