Após denúncia, Janaína Paschoal pede demissão do Ministro do Turismo

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2019 16h04 - Atualizado em 13/04/2019 16h04
Ronaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo Janaína Paschoal cobrou a demissão do ministro do turismo ao presidente Jair Bolsonaro

A deputada federal Alê Silva (PSL), primeira congressista a relatar às autoridades a existência do esquema de laranjas do PSL de Minas Gerais, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio a ameaçou de morte em uma reunião com correligionários em Belo Horizonte.

Alê pediu proteção policial na quarta-feira (10), quando prestou depoimento espontâneo à Polícia Federal. Álvaro Ântonio nega ter ameaçado a deputada e disse que ela está fazendo uma campanha difamatória em busca de espaço no partido do estado.

A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL) cobrou, neste sábado (13), em seu Twitter, a demissão do ministro do turismo ao presidente Jair Bolsonaro.

“Todo meu apoio à Deputada Federal Alê Silva. E agora, Presidente? O Ministro do Turismo fica? A Deputada Federal eleita também estaria mentindo? Exijo a demissão do Ministro! Não tem que esperar conclusão de inquérito nenhum!”, escreveu.

Segundo ela, Alê não parava de chorar ao telefone. Janaína disse, ainda, que o afastamento do ministro não implicaria atribuição de culpa, “apenas um sinal de que o Presidente se importa com as mulheres de seu partido”.

O esquema

Segundo reportagem da Folha, em fevereiro, dos R$ 279 mil repassados pelo PSL a quatro candidatas, ao menos R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de quatro empresas de pessoas ligadas a Marcelo Álvaro Antônio.

O ministro nega participação no esquema e afirma que seguiu a lei.

Além de Minas Gerais, o esquema também teria ocorrido, de acordo com o jornal, em Pernambuco, estado do atual presidente do partido, Luciano Bivar. A candidata laranja teria recebido do partido R$ 400 mil der dinheiro público nas eleições do ano passado.

Maria de Lourdes Paixão, 68, que oficialmente concorreu a deputada federal e teve apenas 274 votos. Ela foi a terceira maior beneficiada com verba do PSL do país.

A denúncia levou à queda do então ministro da Secretaria de Governo, Gustavo Bebianno. Foi ele quem presidiu o partido durante as eleições de 2018 e responsável formal pela liberação de verba pública para todos os candidatos do partido.

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