Após negociação com sindicato, Metrô de São Paulo aceita liberar catracas para encerrar a greve
Trabalhadores retornarão aos postos de trabalho e as atividades serão retomadas sem a cobrança de tarifa
O Metrô de São Paulo acatou a exigência do Sindicato dos Metroviários para parar a greve e deve liberar as catracas nas próximas horas e iniciar a retomada das operações. Desde a madrugada desta quinta-feira, 22, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata estão paralisadas. “Considerando a deliberação da categoria, a Companhia informa que liberará as catracas. Para tanto, solicita o retorno imediato de 100% da categoria com a retomada plena das atividades com a maior brevidade para minimizarmos os transtornos oriundos da paralisação”, afirma um comunicado da presidência da companhia enviado aos trabalhadores e divulgado pelo sindicato. A liberação das catracas, ou seja, a ausência de tarifa, era uma condição para a retomada da operação das linhas: “O Governo de São Paulo e o Metrô estão abertos à negociação e aguardam a interrupção da greve, que prejudica exclusivamente o cidadão que depende do transporte público”.
“O Metrô comunicou ao Sindicato dos Metroviários a liberação do funcionamento do sistema nesta quinta-feira, 23, com liberação das catracas (catraca livre, entrada gratuita), de forma a não prejudicar ainda mais a população que depende do transporte. A medida será colocada em prática, condicionada ao retorno imediato de 100% dos funcionários da operação e manutenção, para garantir a segurança dos passageiros. A liberação deve gerar prejuízo dificultando ainda a saúde financeira da empresa. A Companhia reforça que tentou todas as formas de negociação, inclusive com a concessão de benefícios como o pagamento de progressões salariais. A empresa também cumpre integralmente com o acordo coletivo de trabalho e as leis trabalhistas”, informou um comunicado conjunto do Metrô de São Paulo, da Secretaria de Transportes Metropolitanos e do Governo do Estado de São Paulo enviado à Jovem Pan.
Entre as reivindicações do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, estão o fim das terceirizações e a contratação de novos funcionários para diminuir o déficit de empregados gerados nos últimos anos. Os trabalhadores também pedem o pagamento do abono salarial dos últimos anos. A paralisação já estava marcada há mais de uma semana, mas havia sido adiada após audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). “Nós fizemos o desafio, a catraca livre vai funcionar e a gente faz um apelo ao governador e ao Metrô para negociar com a categoria. Agora a nossa e instrumento de pressão mudou. O Metrô vai funcionar através de catraca livre”, informou a presidente do sindicato, Camila Ribeiro Duarte Lisboa, durante transmissão ao vivo para informar os trabalhadores sobre o final da paralisação.
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