Após temporal, bairros da zona zul e oeste de São Paulo ficam até 48 horas sem energia

Procon-SP notificou a Enel e pediu esclarecimentos sobre a falta de luz; moradores relatam dificuldade de atendimento

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2022 15h29 - Atualizado em 21/01/2022 18h09
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RONALDO SILVA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Chuva em São Paulo Temporal causou queda de árvores e alagamentos

Bairros da zona zul e zona oeste de São Paulo estão há mais de 24 horas sem energia após o temporal que atingiu a capital paulista nesta quarta e quinta-feira, 20. Segundo a Enel, municípios como Osasco, Carapicuíba, Cotia, Barueri e Santana de Parnaíba também foram afetados. A chuva causou alagamento e queda de árvores. No Parque da Previdência, próximo ao Butantã, na zona oeste, algumas ruas já estão sem luz há 48 horas. Sergio Reze, membro da diretoria da Associação dos Moradores Amigos do Parque Previdência (Amapar), disse que a previsão da Enel para atendimento era 19h de quarta-feira. No entanto, duas ruas da região seguem sem luz. Em uma delas, há uma casa de repouso de idosos, que está sem equipamentos por causa da falta de energia elétrica. “A nossa preocupação como associação do bairro é com o todo, e essas duas ruas estão sem energia. Foram várias previsões [de atendimento], todas foram empurradas com a barriga”, afirmou à Jovem Pan. 

Nas redes sociais, outros moradores da capital paulista também relataram estar dois ou até três dias sem energia elétrica. “Enel, vocês deram previsão de retorno da energia na minha casa para às 22:12 de ontem. Hoje já falam em 15:11. Duas equipes foram ontem até o local, vistoriaram, mexeram em fiação, mas não retiraram duas árvores caídas sobre os postes! Já são quase 48hs sem luz em um quarteirão inteiro do Jd. Bonfiglioli! Meu prédio é em sua maioria de idosos, que não conseguem ficar subindo e descendo escadas. Em breve vamos ficar sem água por falta de energia para as bombas!”, escreveu um usuário no Twitter. “Dois dias sem energia, o que também provoca falta água nos apartamentos. Morando com uma idosa e uma jovem com síndrome de down. Em São Paulo, num local de fácil acesso. E vocês não cumprindo prazo nenhum de retorno. Descaso total com os clientes, um absurdo!”, reclamou outra cliente.

A Enel respondeu os consumidores e afirmou que, devido ao grande número de chamados, os prazos estão sofrendo alterações. “Lamentamos os transtornos causados, nossas equipes continuam trabalhando incansavelmente para que tudo seja normalizado o mais rápido possível”, disse a companhia. Em nota, a Enel afirmou que colocou, de forma emergencial, mais de 3 mil colaboradores para atender as áreas mais afetadas. “A empresa vem atuando junto com Corpo de Bombeiros e Defesa Civil para retirada de galhos e árvores caídos em função das chuvas e restabelecer o fornecimento de energia o mais breve possível”, declarou.

Nesta sexta-feira, 21, o Procon-SP notificou a Enel e pediu esclarecimentos sobre a falta de energia elétrica. O órgão solicitou informações sobre quantos consumidores ficaram (ou ainda estão) sem luz, em quanto tempo o serviço foi restabelecido, quais as providências para sanar o problema e como serão feitos os abatimentos dos valores nas faturas. “Deverá também explicar sobre como foram (ou estão sendo) feitos os atendimentos aos estabelecimentos comerciais e aos consumidores de maior vulnerabilidade (hospitais, ambulatórios, clientes vitais), se existe atendimento prioritário para esses casos e se há um canal específico para contato com a empresa”, determinou o Procon. A distribuidora de energia elétrica tem até segunda-feira, 24, para responder aos questionamentos.

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