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Assassinatos de transgêneros aumentam 49% em 2020

Rio de Janeiro - Manifesto realizado na praia de Copacabana lembra as vítimas da transfobia no Brasil. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O Brasil contabilizou 64 assassinatos de pessoas transgêneros entre os meses de janeiro e abril deste ano, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). O número é 49% maior do que o registado no mesmo período do ano passado.

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O número de casos também supera o de períodos anteriores. Em 2017, 58 homicídios foram notificados e, no ano seguinte, constatou-se um aumento para 63. Quando a contagem fica circunscrita aos meses de março e abril, a variação observada é de 13%, ante 2019.

Em nota, a Antra disse que os dados “não refletem exatamente a realidade”, por serem subnotificados e não serem computados pelo poder público. Apesar disso, acrescenta a associação, confirmam a ameaça que pesa sobre os direitos da população trans. Todas as vítimas deste ano eram travestis ou mulheres transexuais.

A entidade avaliou que a pandemia da Covid-19 pudesse provocar queda nos índices de homicídios de pessoas transgêneros por causa do isolamento social, mas isso não aconteceu.

“Quando vemos que o assassinato de pessoas trans aumentou, temos um cenário onde os fatores sociais se intensificam e têm impactado a vida das pessoas trans, especialmente as travestis e mulheres transexuais trabalhadoras sexuais, que seguem exercendo seu trabalho nas ruas para ter garantida sua subsistência, visto que a maioria não conseguiu acesso as políticas emergenciais do Estado devido à precarização histórica de suas vidas”, disse a Antra no comunicado.

*Com Agência Brasil

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