Aumento do calor extremo afeta 33 milhões de crianças no Brasil

Relatório do Unicef revela que menores enfrentam cinco vezes mais dias de altas temperaturas em comparação com 50 anos atrás

  • Por da Redação
  • 23/09/2024 10h41
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Paulo Pinto/Agência Brasil Termômetro marca 39ºC de temperatura O impacto do calor extremo não se limita à saúde, pois também pode comprometer a capacidade de aprendizado das crianças

Crianças no Brasil estão enfrentando um aumento significativo nos dias de calor extremo, com uma média de cinco vezes mais dias acima de 35°C em comparação com 50 anos atrás, conforme aponta um relatório do Unicef. Nos anos 1970, a média era de 4,9 dias, enquanto entre 2020 e 2024 esse número saltou para 26,6, afetando cerca de 33 milhões de jovens no país. O relatório também destaca que 31,5 milhões de crianças estão vivenciando ondas de calor com uma frequência duas vezes maior do que a experimentada por seus pais e avós na década de 1970. Diante desse cenário, o Unicef recomenda que os candidatos a cargos nas prefeituras se comprometam a preparar as cidades para as mudanças climáticas, priorizando as necessidades de crianças e adolescentes. Os efeitos do calor extremo incluem estresse térmico, que pode manifestar-se em sintomas como dores de cabeça e mal-estar, além de ser uma das principais causas de mortalidade relacionada ao calor. As crianças pequenas são particularmente vulneráveis, pois têm uma capacidade reduzida de regular a temperatura corporal.

O aumento das temperaturas também está ligado à diminuição da umidade do ar e ao aumento de poluentes, o que pode agravar doenças respiratórias. Além disso, as mudanças climáticas podem facilitar a disseminação de doenças infecciosas, como malária e dengue. O impacto do calor extremo não se limita à saúde, pois também pode comprometer a capacidade de aprendizado das crianças e sobrecarregar serviços públicos, como os sistemas de água e energia elétrica. Para mitigar os efeitos do calor, o Unicef sugere que as ações sejam implementadas pelos gestores municipais. Isso inclui a criação de áreas verdes nas cidades e a realização de adaptações em prédios públicos.

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É fundamental que as discussões sobre políticas públicas levem em conta esse contexto de eventos climáticos extremos, garantindo que as necessidades das crianças sejam priorizadas nas estratégias de adaptação e mitigação. A responsabilidade recai sobre os líderes locais para que medidas eficazes sejam adotadas, visando um futuro mais seguro para as novas gerações.

Publicado por Luisa Cardoso
*Reportagem produzida com auxílio de IA

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