A Azul teve a oferta pelos ativos da Avianca Brasil rejeitada nesta terça (29) pela Justiça de São Paulo, que vetou a compra da companhia aérea por 145 milhões de dólares. O argumento do juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, da 1.ª Vara de Falência, foi que o plano de recuperação da empresa, já aprovado anteriormente, não poderia ser invalidado para legitimar um novo negócio.
“Na qualidade de titular de crédito extraconcursal, a embargante carece (…) de legitimidade para impugnar o plano de recuperação judicial homologado pelo juízo”, escreveu Limongi.
O processo de recuperação da Avianca prevê o leilão de sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) contendo os ativos da Avianca – basicamente autorizações de pouso e decolagem em aeroportos.
O plano está travado porque o leilão das UPIs foi suspenso após o questionamento de outros credores. A Latam e a Gol tinham se comprometido a ficar, cada uma, com uma das UPIs por US$ 70 milhões. O acordo foi fechado com a gestora americana Elliot, detentora de 74% da dívida de R$ 2,7 bilhões da Avianca Brasil.
Na decisão de ontem, o juiz afirmou ainda que a proposta da Azul dependeria de um leilão, em modelo semelhante ao da Latam e da Gol, que já vem tendo dificuldade em avançar.
Com Estadão Conteúdo