Bolsonaro afirma que falará ao STF sobre militante morto na Ditadura
Presidente declarou nesta semana que Fernando Oliveira teria sido morto pelo próprio grupo ao qual pertencia
Após a série de polêmicas envolvendo declarações sobre a morte de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira durante a Ditadura, Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta (2) que falará ao Supremo Tribunal Federal sobre o caso. O ex-integrante do grupo Ação Popular é pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.
Na quinta (1), o ministro da Corte, Luís Roberto Barroso, deu um prazo de 15 dias para Bolsonaro, desde que concorde, apresentar esclarecimentos sobre o assunto. Nesta semana, o presidente da República apresentou uma versão sobre a morte do militante que não tem respaldo em informações oficiais. A OAB, então, acionou o Supremo para cobrar esclarecimentos do presidente.
“O próprio ministro determinou que eu não tenho essa obrigação. Mas é só transcrever o que eu falei para vocês aqui. O que eu falei demais? Que eu tive conhecimento na época… Eu ofendi o pai dele? Não ofendi. O que eu tive conhecimento na época foi o que falei”, disse.
Bolsonaro contou que recebeu na quinta-feira o filho do jornalista Edson Régis, que de acordo com ele, morreu fruto de uma bomba em Recife em 1966. “Quem botou aquela bomba foi a turma da Ação Popular, grupo que o pai do presidente da OAB integrava”, disse.
O presidente afirmou ainda lamentar as mortes que aconteceram dos “dois lados”. “Se não tivesse tido essa vontade de implantar o comunismo no Brasil, nada disso teria acontecido”, disse.
Com Estadão Conteúdo
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