Bolsonaro critica governadores: ‘Tem estado que só faltou declarar independência’

  • Por Jovem Pan
  • 20/03/2020 18h09 - Atualizado em 20/03/2020 18h16
Palácio do Planalto Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Saúde, Henrique Mandetta e o secretário do Ministério da Economia, Carlos da Costa

O presidente Jair Bolsonaro criticou algumas medidas tomadas por governos dos estados no combate ao novo coronavírus durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (20) para anunciar novas ações de combate à pandemia no âmbito federal.

“Há algum tempo já venho falando de evitar histeria, não causar pânico. Tem estado do Brasil que só faltou declarar independência do mesmo; determinando fechamento de estradas, voos, sendo que nem é da competência dele”, disse o presidente.

Nesta quinta, o governador do Rio Wilson Witzel (PSC) baixou um decreto que suspende voos internacionais e nacionais, com origem em determinados estados, proíbe a população de frequentar praias e piscinas públicas e também suspende o transporte intermunicipal como medidas de combate ao vírus no Rio de Janeiro.

Outros estados, como São Paulo, que tem o maior número de casos, também tem adotado medidas de enfrentamento ao coronavírus.

Atualmente, o Rio tem 109 casos confirmados da Covid-19 e duas mortes. O total no Brasil está em 904 casos e 11 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde.

Para Bolsonaro, no entanto, as principais vias de acesso do Brasil tem de ser mantidas. “Tem produtos que precisam ser transportados e isso vem sendo coordenado. Eu sempre estive aberto aos governadores. Nesse momento, a política não pode estar acima da questão emergencial”, disse.

O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, também esteve presente na coletiva e esclareceu que, das 35 medidas da pasta, 29 já estão em fase final de implementação para ajuda da população mais vulnerável, das empresas e dos trabalhadores.

Ao responder sobre seu estado de saúde e da necessidade de realizar um terceiro exame para Covid-19, Bolsonaro respondeu que “depois da facada, não vai ser uma gripezinha” que vai o “derrubar”.

Nesta sexta, subiu 22 o número de membros da comitiva do presidente que esteve em viagem aos Estados Unidos que está com o vírus.

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