Com saída do PSL, Bolsonaro já mudou de partido nove vezes

Ideia agora é viabilizar a criação de uma nova legenda, que deve se chamar ‘Aliança Pelo Brasil’

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2019 18h20 - Atualizado em 12/11/2019 18h20
Alan Santos/PR Bolsonaro deixou o PSL após uma série de desavenças com lideranças e parlamentares da sigla

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (12) que deixou oficialmente o Partido Social Liberal (PSL), após uma série de desavenças com lideranças e parlamentares da sigla, incluindo o presidente da legenda, Luciano Bivar. A informação foi confirmada pelo líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (GO).

Mas esse não é o primeiro partido que Bolsonaro escolhe se desfiliar. A carreira política do presidente da República foi marcada pela sua passagem em outras oito legendas, quase todas com pouco tempo de permanência.

Cronologia

Bolsonaro começou a sua carreira na política em 1989, quando elegeu-se vereador no Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Ele ficou apenas dois anos no cargo pois, em 1990, foi eleito deputado federal, também pela sigla.

No meio do seu mandato, em 1993, ele foi um dos criadores do Partido Progressista Reformador (PPR), uma fusão entre o PDC e o Partido Democrático Social (PDS). Bolsonaro terminou o seu primeiro mandato como deputado federal no PPR e, no início do segundo, deixou a sigla por causa de uma nova fusão: a de seu partido com o Partido Progressista (PP). Os dois geraram o Partido Progressista Brasileiro (PPB).

Bolsonaro ficou no PPB até 2003, quando se filiou ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), no qual permaneceu até 2005. Ele saiu da sigla para integrar o Partido da Frente Liberal (PFL). Logo depois, deixou a legenda e acertou com o Partido Progressista (PP), que era a nova denominação de um de seus antigos partidos, o PPB.

Bolsonaro ficou 11 anos no PP, de 2005 a 2016. Durante este período, foi eleito três vezes deputado federal pelo Rio de Janeiro. Entretanto, em 2016, deixou a legenda e ingressou no Partido Social Cristão (PSC). Em fevereiro de 2017, concorreu pela terceira vez ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados, mas não foi eleito. Ele já havia tentando isso em 2005 e 2011.

A relação de Bolsonaro com o PSC começou a ficar complicada por discordâncias com outros membros do partido e, em 2017, ele negociou e chegou a assinar uma filiação pré-datada com o PEN (atual Patriota) para o período de janela partidária, em março de 2018. No entanto, acabou fechando com o Partido Social Liberal (PSL), pelo qual foi eleito presidente.

Nesta segunda-feira (11), anunciou que deixaria o PSL, o que foi confirmado hoje. A ideia agora é viabilizar a criação de um novo partido, que deve se chamar “Aliança Pelo Brasil”, a tempo de lançar candidatos para a eleição municipal de 2020. Para isso, os advogados de Bolsonaro estimam que conseguirão entregar, até março do ano que vem, as cerca de 500 mil assinaturas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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