Bolsonaro nomeia Ricardo Alvim como secretário especial da Cultura: ‘Vai ter porteira fechada’

  • Por Jovem Pan
  • 07/11/2019 21h34
Reprodução/Facebook roberto-alvim-cultura Bolsonaro também transferiu a Secretaria Especial de Cultura para o Ministério do Turismo

O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta quinta-feira (7) Roberto Rego Pinheiro Alvim para o cargo de secretário especial da Cultura. Alvim atuava como diretor do Centro de Artes Cênicas (Ceacen) da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e, no fim de setembro, atacou com ofensas a atriz Fernanda Montenegro.

Em uma postagem no Facebook, ele chamou Fernanda Montenegro de “intocável” e “mentirosa”, o que provocou a reação da classe artística.

Bolsonaro também transferiu a Secretaria Especial de Cultura para o Ministério do Turismo. Antes, a pasta estava no Ministério da Cidadania, comandada por Osmar Terra (MDB). No entanto, Alvim e Terra têm uma relação conturbada, e o governo vinha estudando uma forma de encaixar ele na Cultura sem tumultuar a relação.

Bolsonaro diz que Alvim ganhará ‘porteira fechada’

O presidente afirmou que o novo secretário especial da Cultura ganhará “porteira fechada”, expressão usada quando o gestor tem total liberdade para compor sua equipe e uma forma de dizer que ele chega ao cargo com prestígio.

Questionado sobre a mudança na pasta, ele explicou: “Está na mão de um tal de Roberto Alvim. Porteira fechada para ele”, disse, completando: “A classe artística deve ficar feliz. Lei Rouanet, vem muita coisa boa por aí.”

Além do tom irônico ao declarar que artistas poderiam ficar satisfeitos com a indicação de Alvim, o presidente sinalizou que mudanças seriam realizadas na Funarte e na Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Alvim foi nomeado nesta quinta para o cargo que era ocupado pelo economista Ricardo Braga, que foi remanejado para uma secretaria do Ministério da Educação. Em poucos meses, este é o terceiro nome no comando da secretaria da Cultura. A crise na área se aprofundou em agosto, com a saída de Henrique Pires do comando. Na época, ele atribuiu sua saída à suspensão do edital que seleciona obras sobre a temática LBGT para serem exibidas em TVs públicas.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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