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Bolsonaro: Raoni deve ser respeitado, mas ‘não fala a nossa língua’ nem ‘pelos índios’

Brazil's President Jair Bolsonaro addresses the 74th session of the United Nations General Assembly at U.N. headquarters in New York City, New York, U.S., September 24, 2019. REUTERS/Carlo Allegri

Após criticar o cacique Raoni Metuktire em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a questionar a liderança do indígena nesta quinta-feira (26). Na saída do Palácio do Alvorada, ele afirmou que Raoni deve ser respeitado, mas que não representa todos os índios.

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“Raoni fala outra língua. Não fala a nossa língua. É uma pessoa que está com uma certa idade avançada, vamos respeitá-lo com cidadão. Mas ele não fala pelos índios. Cada tribo tem um cacique. Levei uma índia lá [para a Assembleia Geral], a Ysani Kalapalo, não existe mais o monopólio do Raoni”, declarou.

Durante a fala na ONU, Bolsonaro já havia falado que “o monopólio do senhor Raoni acabou”. Ele também enalteceu Kalapalo como alguém com “prestígio das lideranças indígenas interessadas em desenvolvimento, empoderamento e protagonismo”. No entanto, a escolha de Ysani como representante foi questionada, em carta, por 16 povos habitantes do Xingu.

Nesta quinta-feira (26), o presidente relembrou um outro documento sobre indígenas que leu durante o seu discurso na ONU. De acordo com o ele, os índios “querem sair da escravidão, esmola de ONG, Bolsa Família e cesta básica. A carta que eu li é muito importante e não foi dado o destaque na mídia. É uma carta dos índios produtores rurais”, disse.

*Com Estadão Conteúdo

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