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Brasil anuncia saída da Unasul

Os presidentes Evo Morales, da Bolívia, Michelle Bachelet, do Chile, Rafael Correa, do Equador, Cristina Kirchner, da Argentina, Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil e Fernando Lugo, do Paraguai, posam para fotos durante reunião de Chefes de Estado da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), no Convento San Augustin, em Quito, no Equador.

O Itamaraty anunciou nesta segunda-feira (15) a saída do Brasil da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O governo denunciou o Tratado Constitutivo da Unasul e formalizou a saída do grupo.

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Segundo nota do Itamarity, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru já haviam decidido suspender a participação no grupo em abril do ano passado. O motivo seria a crise no organismo. Em março, os seis países anunciaram a intenção constituir o Foro para o Progresso da América do Sul (Prosul), em substituição à Unasul. A criação do novo grupo foi apoiada também por Equador e Guiana.

A Unasul foi criada em 2008, quando grande parte dos países da América do Sul tinha governos alinhados à esquerda. Na época, Lula era o presidente do Brasil. O grupo chegou a ter 11 membros, além do Brasil, e dois observadores (México e Panamá).

Com a saída da Unasul, o Brasil se junta a Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru no grupo de países que deixaram o bloco.

Leia abaixo a nota do Itamaraty:

O governo brasileiro denunciou, no dia de hoje, o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), formalizando sua saída da organização. A decisão foi comunicada oficialmente ao governo do Equador, país depositário do acordo, e surtirá efeitos transcorridos seis meses a contar da data de hoje.

Em abril de 2018, os governos de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru decidiram de forma conjunta suspender a sua participação da UNASUL em função da prolongada crise no organismo, quadro que, desde então, não se alterou.

Em 22 de março último, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru assinaram documento por meio do qual indicaram sua vontade de constituir o Foro para o Progresso da América do Sul (PROSUL), em substituição à UNASUL. O novo foro terá estrutura leve e flexível, com regras de funcionamento claras e mecanismo ágil de tomada de decisões. Terá, ainda, a plena vigência da democracia e o respeito aos direitos humanos como requisitos essenciais para os seus membros.

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