Brasil registra menor taxa de mortes violentas desde 2011, mas letalidade policial aumenta

Amapá é o estado mais violento do país, enquanto Maranguape, no Ceará, é a cidade com a maior taxa de violência, com 79,9 mortes por 100 mil habitantes

  • Por da Redação
  • 24/07/2025 10h34
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Tomaz Silva/Agência Brasil Rio de Paz faz ato contra mortes de crianças por violência, na praia de Copacabana Rio de Paz faz ato contra mortes de crianças por violência, na praia de Copacabana

O Brasil contabilizou 44.127 mortes violentas intencionais em 2024, o que representa a menor taxa desde 2011. Esse número reflete uma redução de 5% em comparação a 2023 e de 8% em relação a 2022. As mortes violentas intencionais englobam homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais que resultam em morte e casos de letalidade policial. O número de mortes decorrentes de intervenções policiais foi de 6.243, apresentando uma diminuição de 2,7% em relação ao ano anterior, embora a letalidade policial tenha aumentado. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública e foram divulgados nesta quinta-feira (24).

O estado do Amapá se destacou como o mais violento do país, com uma taxa alarmante de 45,1 mortes para cada 100 mil habitantes. Em contrapartida, São Paulo registrou um aumento de 7,5% nas mortes violentas. Maranguape, no Ceará, foi identificada como a cidade com a maior taxa de violência, com 79,9 mortes por 100 mil habitantes. O crescimento da letalidade policial em algumas regiões está diretamente relacionado ao aumento da violência.

No que diz respeito aos homicídios de mulheres, 40% foram classificados como feminicídio, totalizando 1.492 vítimas. Além disso, crimes sexuais, como estupro e estupro de vulnerável, atingiram números alarmantes, com 87.545 ocorrências registradas. O número de mortes entre adolescentes de 12 a 17 anos também cresceu, com 2.103 vítimas, e uma em cada cinco mortes violentas de crianças e adolescentes foi atribuída à ação policial.

Os crimes patrimoniais apresentaram um cenário misto, com quedas nos roubos e furtos de celulares, mas um aumento significativo no estelionato, que alcançou 2,16 milhões de casos. A população carcerária do Brasil cresceu 6,3%, totalizando 906 mil detentos, com aumentos notáveis em estados como Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. O número de adolescentes em regime fechado também subiu, atingindo a marca de 12 mil.

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O tema de segurança é um das maiores preocupações da população, como registrado em diversas pesquisas e deve ser tema central nas eleições de 2026. O governo visa aumentar o protagonismo federal em relação ao assunto com a PEC da Segurança, que está em trâmite no Congresso.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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