Brasil tem 98 casos de coronavírus; SP e RJ registram transmissão comunitária

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2020 16h17 - Atualizado em 13/03/2020 17h53
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EFE coronavirus O número de ocorrências suspeitas aumentou para 1.485, e 1.344 casos foram descartados

O Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira (13), que há 98 casos confirmados de coronavírus no Brasil. São 21 a mais do que o boletim divulgado ontem. O número de ocorrências suspeitas aumentou para 1.485, e 1.344 casos foram descartados. 12 pessoas estão hospitalizadas e, dentre os casos confirmados, 15% estão dentro do nível de atenção.

Foi confirmada também transmissão comunitária nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Até agora, tinha-se registros somente de transmissão local. A diferença é que, na segunda, a fonte da infecção (pessoa que transmitiu) é conhecida. Já a primeira ocorre quando há um aumento de casos e as autoridades de saúde não conseguem mapear a origem do vírus (pessoa que transmitiu).

O Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, explicou que o fato de não ser possível identificar a origem do vírus pode ser porque a pessoa fez o teste em um laboratório privado, ou porque já atingiu cinco gerações de transmissão do Covid-19. Ou seja, o volume de pessoas é tão elevado “que não justifica mais monitorar, exceto em situações especiais”.

Medidas de restrição

De acordo com Wanderson, o número pode dobrar a cada três dias se não forem adotadas medidas de restrições não farmacológicas. Ele recomendou aos gestores locais que avaliem com a sua rede de serviço para ampliar e intensificar a etiqueta respiratória e reforçar as orientações individuais de prevenção.

O secretário listou as seguintes medidas adotadas pelo governo: isolamento domiciliar ou hospitalar de pacientes sintomáticos; pacientes que apresentam sintomas leves não devem procurar atendimentos nas UPAs ou serviços terciários, mas sim utilizar o posto de saúde ou consultório privado; isolamento de 7 dias para quem chegar no exterior, mesmo que sem sintomas; ir no médico se tiver tosse, febre ou falta de ar.

“Nas demais situações, pode ligar para o 136 ou secretaria municipal e conferir os planos de contingência e as orientações”, disse. “Não queremos que as pessoas com uma coriza procurem a unidade de saúde, não há a necessidade de lotar os hospitais”, completou.

Sobre grandes eventos, ele afirmou que cada cidade deve avaliar com os organizadores a possibilidade de cancelar ou adiar. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu o adiamento da manifestação que estava agendada para este domingo (15).

Já os cruzeiros marítimos estão interrompidos. Acerca das instituições de ensino, Wanderson alegou que os municípios devem acompanhar o número de casos e discutir a medida. “Não adianta uma só escola interromper as atividades, precisa ser um acordo. Pode ocorrer, por exemplo, uma antecipação das férias, com planejamento.”

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