“Cabe ao presidente Lula ficar quieto”, diz vice da CPI da Petrobras

  • Por Jovem Pan
  • 16/06/2015 09h19
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Marcelo Camargo/Agência Brasil CPI da Petrobras

Em entrevista ao Jornal da Manhã desta terça-feira (16), o deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), vice-presidente da CPI da Petrobras, responde à irritação do ex-presidente Lula por causa da convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, para depor na Comissão. “Cabe ao presidente lula ficar quieto, satisfeito com isso e não ficar reclamando como se fosse uma figura que não pudesse ser investigado, ninguém pode deixar de ser investigado quando você tem denúncias graves”, dispara. A convocação de Okamotto faz parte de uma nova fase da CPI, nas qual os depoimentos continuam, mas será dada prioridade às acareações.

Nesta terça serão ouvidos dirigentes da Sete Brasil, empresa criada durante o governo de Lula para oferecer plataformas de exploração de petróleo em alto-mar. São eles o presidente do Conselho Administrativo, Newton Carneiro da Cunha, e o ex-presidente João Carlos de Medeiros Ferraz. Imbassahy diz que “vai ser uma audiência de boa expectativa”.

De acordo com o deputado, o presidente da Comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), anuncia ainda nesta terça as próximas acareações. “A acareação se dá porque no depoimento o [ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro] Barusco falou que passou dinheiro para o [ex-tesoureiro do PT João] Vaccari e no depoimento do Vaccari ele disse que não aconteceu, então é preciso colocar os dois frente a frente”, explica. Além desse encontro, as acareações devem envolver o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque.

Imbassahy também conta que serão convocadas a direção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e do Banco Central. “Há denúncias, e denúncias bem consistentes, de que a legislação que regulamenta o controle de remessas de recursos para o exterior está muito fragilizada, então tem empresas fantasmas que mandaram milhões de dólares para o exterior e o próprio Banco Central não fiscalizou isso” e conclui “a gente sabe como começa, mas não sabe como vai terminar. Tem muita coisa para se fazer”.

Ouça entrevista completa no áudio acima.

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