Caetano: desafio da Previdência não é questão de futuro, mas de presente

  • Por Estadão Conteúdo
  • 01/09/2017 12h14
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Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas Carteira de Trabalho Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas Com o envelhecimento da população brasileira e o aumento da expectativa de vida, a tendência é de crescimento estrutural deste déficit

O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou nesta sexta-feira, 1º de setembro, que o desafio do déficit da previdência não é uma questão de futuro, mas de presente. Com o envelhecimento da população brasileira e o aumento da expectativa de vida, a tendência é de crescimento estrutural deste déficit.

Com o passar do tempo, o número de contribuintes para o sistema de previdência tende a cair, ressaltou o secretário, um dos convidados do Fórum Estadão sobre Reforma das Previdência que acontece nesta sexta-feira, na capital paulista. Há dois fenômenos que afetam o sistema no Brasil, a menor taxa de natalidade e o maior número de anos que os beneficiários devem viver. O total de idosos, que hoje está em 17,6 milhões deve passar para 58 milhões em 2060 – de 8% da população para 27%. “Há um envelhecimento da população muito acentuado.”

Caetano, ressaltou que o envelhecimento da população brasileira é muito mais rápido que em outros países. No futuro, a estrutura demográfica do Brasil vai ser muito parecida como será a da Europa. Essa mudança traz desafios para as políticas públicas e aumenta a necessidade de reforma da Previdência, para garantir a própria sustentabilidade do sistema, afirmou o secretário.

Na apresentação, Caetano mostrou um gráfico ressaltando que há um déficit estrutural e crescente na previdência brasileira. Não é só uma questão conjuntural, disse ele.

Grécia

Pouco antes da participação de Caetano, o ex-embaixador Rubens Barbosa abriu o Fórum Estadão. Para ele, o envelhecimento da população está criando um problema para todos os governos ao redor do mundo e a população brasileira ainda não percebeu a extensão do problema no País.

Sem a reforma, o Brasil caminha para ficar com situação parecida com a da Grécia, disse no rápido discurso de abertura.

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