Câmara técnica citada por Queiroga já deu parecer favorável à vacinação de crianças

Ministro da Saúde afirmou, no sábado, 18, que CTAI precisaria apresentar um ‘documento técnico’ sobre o assunto, mas órgão deu aval unânime à aplicação dos imunizantes no público infantil na sexta-feira, 17

  • Por Jovem Pan
  • 19/12/2021 15h02 - Atualizado em 19/12/2021 15h04
Osnei Restio/ Prefeitura de Nova Odessa Osnei Restio/ Prefeitura de Nova Odessa Anvisa autorizou aplicação da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos na quinta-feira, 16

Citada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como órgão responsável por analisar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) já deu parecer favorável à imunização do público infantil. Em reunião que ocorreu na sexta-feira, 17, os integrantes do colegiado recomendaram, de forma unânime, a aplicação da vacina da Pfizer em pessoas desta faixa etária – a medida foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na quinta-feira, 16. Em nota divulgada após o titular da pasta afirmar, no sábado, 18, que o tema requeria uma “análise mais aprofundada”, a CTAI destaca que 301 crianças de 5 a 11 anos morreram por complicações da Covid-19 desde o início da pandemia.

No início da tarde do sábado, 18, Marcelo Queiroga afirmou, em coletiva de imprensa, que a decisão sobre a vacinação de crianças só será tomada no dia 5 de janeiro. De acordo com o ministro, o prazo foi estipulado para que a CTAI pudesse “oferecer as suas opiniões e o seu documento técnico” sobre o assunto. Na sequência, ainda segundo o titular da pasta, será realizada uma audiência pública para debater o tema. “No dia 4 de janeiro, faremos uma audiência pública no Ministério da Saúde para discutir o que foi oferecido em consulta pública, que, em adição ao posicionamento da CTAI, servirá de base para decisão final do Ministério da Saúde”, explicou o ministro.

“Dados preliminares mostram, portanto, um risco substancialmente menor deste evento adverso comparado com o risco previamente observado em adolescentes e adultos jovens após a vacinação. Ou seja, os benefícios são muito maiores do que os riscos, pilar central de avaliação de qualquer vacina incorporada pelos diversos programas de vacinação, seja no Brasil ou no mundo”, diz a nota da CTAI. Em outro trecho, o órgão destaca que “espera que o Ministério da Saúde acate o posicionamento obtido por unanimidade e defina as estratégias para a operacionalização mais adequada da vacinação desse grupo etário, a fim de alcançar a maior cobertura, no menor tempo possível”.

A CTAI é composta por integrantes das sociedades brasileiras de pediatria, imunizações, infectologia, geriatria e gerontologia, reumatologia, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, por pesquisadores da Fiocruz que atuam como parceiros científicos da rede nacional de vigilância de vírus respiratórios, além de cientistas de Bio-Manguinhos/Fiocruz com experiência no desenvolvimento e avaliação clínica de vacinas no país, do Instituto Butantan, da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde.

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