O advogado da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), José Eduardo Cardozo, anunciou na tarde desta sexta-feira (03) que irá apresentar quatro recursos ao Supremo Tribunal Federal em razão das decisões tomadas durante a comissão do impeachment no Senado nesta quinta (02).
O primeiro recurso diz respeito ao prazo de alegações finais e “está sendo interposto nesse momento”, segundo o ex-ministro da Justiça.
O segundo refere-se aos requerimentos votados sem o conhecimento e manifestação prévia da defesa. Cardozo disse ser “abolutamente inaceitável que a defesa seja manetada desta forma”.
O terceiro recurso trata da suspeição do relator da comissão do impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Já o quarto, e último, recurso apresentado ao Supremo, traz a questão da inclusão dos áudios do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Segundo a defesa de Dilma, a inclusão das gravações não qualificam um fato novo com relação ao objeto, mas a provas.
Nesta quinta, durante a sessão, a comissão do impeachment seguiu parecer do relator e rejeitou a inclusão das gravações. O argumento de Cardozo é que estas comprovariam que o processo de impedimento da presidente foi aberto com o intuito de barrar a Operação Lava Jato.
Delação de Nestor Cerveró
José Eduardo Cardozo também respondeu à acusação do ex-diretor da Petrobras, que acusou Dilma de mentir sobre a compra da refiaria de Pasadena.
“Todo mundo sabe que a presidenta tinha uma péssima relação com Cerveró. Ela não sabia da situação de Pasadena, e quando soube tomou as providências que precisava tomar”, afirmou.