Casa Civil fará articulação política com Congresso no novo governo
A articulação política do governo de Jair Bolsonaro será responsabilidade da Casa Civil, pasta que será comandada por Onyx Lorenzoni. O futuro ministro confirmou a informação nesta segunda-feira (3). A Secretaria de Governo, a quem hoje cabe essa missão, tratará de assuntos federativos e da interlocução com estados e municípios.
Com esse desenho, Onyx – que também coordena a transição de governo – concentrará uma das principais funções dentro do Palácio do Planalto. Havia rumores de que a pasta pudesse perder importância a partir de janeiro. Segundo ele, Bolsonaro já “bateu o martelo” em relação à estrutura da nova gestão, que foi divulgada nesta segunda.
Toma lá, dá cá
A Casa Civil terá uma secretaria específica para cuidar da articulação com a Câmara dos Deputados e outra para negociar com o Senado Federal. “Teremos um time de ex-deputados e ex-senadores para cuidar de Câmara e Senado. Não haverá ‘toma lá, dá cá'”, afirmou, após reunião no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.
Um dos membros dessas “pastas” será o deputado Carlos Manato (PSL-ES), que não se reelegeu. O número de integrantes dessas equipes, contudo, ainda não está definido. “Não temos fórmula pronta, trabalhamos nessa construção, disse Onyx. A única certeza, por enquanto, é que não haverá nas secretarias nenhum parlamentar com mandato.
Com o esquema, os deputados e senadores que quiserem tratar com o governo federal poderão ser atendidos por meio de “bancadas, frentes e estados”. O “método” já tem sido usado por Jair Bolsonaro para a definição de nomes para a Esplanada dos Ministérios. Essa articulação teria causado mal-estar com lideranças partidárias, excluídas de debates.
Mourão não será articulador
A possibilidade de o vice-presidente eleito Hamilton Mourão (PRTB) assumir a articulação no Congresso Nacional foi descartada por Onyx Lorenzoni. “O vice tem uma missão constitucional, ele tem que estar plenamente disponível para substituir o presidente”, disse, ponderando que o general poderá “ajudar em muitas áreas”.
Sem previsão para Magno Malta
O futuro chefe da Casa Civil também falou sobre o senador Magno Malta (PR-ES), que não foi reeleito e acabou jogado para escanteio pelo novo governo – a expectativa era que ele assumisse algum ministério. Segundo Onyx, Bolsonaro “tem carinho e respeito” por Malta e encerrou o assunto sem dar indícios de que ele atuará no primeiro escalão.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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