Caso Beatriz: ‘Diante do susto, ele a silenciou a facadas’, diz secretário de Defesa Social sobre motivação do crime
Secretário Humberto Freire afirma que escolha da vítima pelo assassino foi aleatória; o então morador de rua Marcelo da Silva buscava obter dinheiro para sair da cidade de Petrolina
O secretário da Defesa Social, Humberto Freire, revelou nesta quarta-feira, 1, a motivação do assassinato da garota Beatriz Angélica Mota, de sete anos, morta a facadas em 2015, na cidade de Petrolina (PE). A Polícia Civil e a Polícia Científica, por meio do DNA encontrado na faca, identificou o então morador de rua Marcelo da Silva, de 40 anos, como o autor do crime. Marcelo, que já estava preso por estupro de vulnerável, foi autuado na terça-feira, 11, após confessar o homicídio. Segundo Freire, o acusado apresentou a narrativa temporal dos eventos que levaram à morte de Beatriz. “A narrativa se coadune perfeitamente com todo que havia sido arriado ao inquérito até então”, afirmou o secretário. Na ocasião, Beatriz estava na formatura da irmã no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no qual também estudava, quando se afastou dos pais para beber água. A menina demorou a voltar e passou a ser procurada; ela foi encontrada meia hora depois, já morta, em uma sala de aula vazia, com 42 sinais de facadas no corpo.
Marcelo da Silva confessou que a menina, ao vê-lo com uma faca, se assustou, o que levou o acusado a cometer o crime. “Temos a motivação alegada se coadunando com a dinâmica dos fatos que, ao haver contato do assassino com a vítima, ela teria se desesperado e por isso foi silenciada a golpes de faca”, informou Freire, que afirmou que o acusado estava no local para conseguir dinheiro. O objetivo de Marcelo era sair da cidade. “Pela narrativa, não era direcionado a uma pessoa específica. Foi pessoa que ele encontrou e que, diante do susto, ele a silenciou a facadas”, completou o secretário. Não há indicativo de abuso sexual da menor. Um perfil genético do objeto do crime foi coletado no início das investigações, mas um trabalho técnico-científico foi preciso para melhoria da qualidade. “Esse trabalho de refino da amostra que permitiu a sua inclusão no banco de perfis genéticos. A partir daí, comparações foram feitas”, explica Freire. O DNA do acusado, no entanto, só foi inserido no banco estadual em 2019. “O instituto de genética forense fez uma nova coleta para atestar em laudo”, completou o secretário. A segunda coleta foi realizada na semana passada.
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