Caso Henry Borel: Justiça solicita volta de Monique à prisão após revogar domiciliar
Desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acolheram, por unanimidade, o recurso do Ministério Público que contestava a liberdade da ré
Monique Medeiros da Costa e Silva deverá retornar à prisão após desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acolherem, nesta terça-feira, 28, um pedido do Ministério Público que contrariava sua soltura. Por unanimidade, foi admitido o recurso contra a decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, do 2º Tribunal do Júri, que garantiu a liberdade à ré – Monique é acusada de envolvimento na morte de seu filho, Henry Borel, de quatro anos de idade, e encontrava-se em prisão domiciliar desde abril. Na decisão de Joaquim Domingos de Almeida Neto, desembargador e relator do julgamento do recurso, questionou as ameaças que a ré sofreu durante seu período no sistema carcerário e argumentou que o local sigiloso onde Monique permanecia impedia que o Ministério Público pudesse fiscalizá-la, dificultando, assim, “que o Estado possa assegurar sua integridade”.
Entenda o caso
Apontados como participantes do homicídio de Henry Borel, Monique e Jairo Souza Santos Junior, o Jairinho, são acusados de homicídio triplamente qualificado, tortura omissiva e coação de testemunhas. A mãe do garoto assassinado também responderá por falsidade ideológica. Laudos periciais apontaram 23 lesões no corpo do garoto, que morreu por laceração no fígado e hemorragia interna. Promotor de Justiça, Marcos Kac argumentou em sua acusação que “o crime de homicídio foi cometido por motivo torpe, eis que o denunciado decidiu ceifar a vida da vítima em virtude de acreditar que a criança atrapalhava a relação dele com a mãe de Henry”. O casal foi preso no dia 8 de abril de 2021.
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