Caso Paraisópolis: Governo de SP corrige para 31 número de PMs afastados

Anteriormente, o governo Doria havia anunciado o afastamento de 38 policiais militares que atuaram na ocorrência durante baile funk na favela de Paraisópolis, que resultou na morte de nove pessoas

  • Por Jovem Pan
  • 10/12/2019 20h46
HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO Vista de uma favela e ao lado prédios de luxo Vista aérea da favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo corrigiu para 31 o número de policiais militares afastados das ruas por participarem da ação durante baile funk na favela de Paraisópolis, Zona Sul da capital, no último dia 1º, que terminou com nove mortos.

Nessa segunda-feira (9), o governo estadual havia divulgado balanço de 38 PMs afastados. O Estado ainda não informou o porquê da divergência nos números. Esses agentes deverão passar a atuar exclusivamente em atividades administrativas até a conclusão das investigações.

No dia seguinte às mortes no baile funk, a gestão João Doria (PSDB) afastou seis policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam). Esses são os agentes que, segundo a versão oficial, perseguiram uma dupla suspeita até dentro da comunidade no dia em que os nove jovens morreram pisoteados.

Conforme o depoimento desses PMs, a dupla havia atirado contra eles, que estavam parados na Avenida Hebe Camargo, perto de Paraisópolis, e foi seguida até o local onde ocorria a festa.

Quando entraram na comunidade, os suspeitos se esconderam na multidão e houve tumulto. Os PMs, diz a corporação, teriam sido atingidos com pedradas e garrafadas. Neste momento, os seis policiais pediram ajuda da Força Tática para deixar o local.

Moradores, no entanto, contestam essa versão e afirmam que houve truculência dos agentes de segurança.

Nesta segunda, o governador decidiu retirar das ruas os PMs que deram reforço ao grupo da Rocam – 25, no total – após reunião com parentes de vítimas no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, também na Zona Sul. As famílias relataram receio de que os agentes prejudicassem as investigações e até mesmo se envolvessem em casos similares.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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