Casos de varíola dos macacos permanecem estáveis no país, diz ministro

Marcelo Queiroga afirmou que 50 mil vacinas contra a doença chegarão na última quinzena de setembro e, é possível, que no segundo semestre de 2023 o Brasil produza seu próprio imunizante

  • Por Jovem Pan
  • 13/09/2022 22h43
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Freya Kaulbars/RKI/Robert Koch Institute/AFP - 23/05/2022 Captura microscopia eletrônica de seção ultrafina do víruos da varíola dos macacos O surto da doença também está diminuindo na Europa

O número de casos de varíola dos macacos encontra-se em estabilização e com tendência de queda no país. A informação é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que participou nesta terça-feira, 13, do programa A Voz do Brasil, da EBC. Segundo ele, as cerca de 50 mil vacinas adquiridas pelo ministério para combater a doença devem chegar ao Brasil na última quinzena de setembro. Ela será utilizada em pessoas que lidam com materiais contaminados e grupos de risco específicos. “A vacina pode ser fracionada, ou seja, podemos expandir o número de pessoas beneficiadas”, disse o ministro. Segundo Queiroga, é possível que no segundo semestre de 2023 tenhamos uma vacina nacional para combater a doença. No entanto, o ministro ressalta que o surto na Europa já vem diminuindo. Ainda falando de vacinação, o ministro da Saúde lembrou que a campanha de imunização contra a poliomielite foi prorrogada até o dia 30. A meta do ministério é vacinar 95% do público-alvo, ou seja, 15 milhões de crianças abaixo dos cinco anos. “O último caso de pólio no Brasil foi em 1989, na Paraíba. Nós não queremos mais pólio nem na Paraíba e em nenhum estado do Brasil. Então vamos levar as crianças para receber a vacina”, incentivou.

Legado da pandemia de covid-19

O ministro também falou sobre a pandemia de Covid-19, que, conforme explicou, está numa situação epidemiológica controlada, com menos de 100 mortes diárias. “Vamos trabalhar para reduzir ainda mais essa situação”. Queiroga lembrou que o país chegou a ter uma média de 3 mil mortes por dia. De acordo com o ministro, o principal legado foi o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Os Centros de Inteligência Estratégicos de Vigilância em Saúde (Cievs) passaram de 55 para 164 e foram ampliados sobretudo nas áreas de fronteiras. Já os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em determinado momento do surto, passaram de 23 mil para 46 mil. “Os casos caíram, mas deixamos 6.800 leitos a mais. Fortalecer o sistema de saúde, deixar o SUS mais forte e resiliente é o grande legado dessa emergência de saúde pública de importância nacional”, disse.

*Com informações da Agência Brasil

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