Cedae interrompe abastecimento de água após aparecimento de espuma em estação no RJ

Empresa informou que técnicos estão atuando para investigar a situação e normalizar a distribuição para a capital e a região metropolitana; segundo engenheiro, medida visa garantir segurança da população

  • Por Jovem Pan
  • 28/08/2023 14h55 - Atualizado em 28/08/2023 18h09
PEDRO IVO/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO espuma em estação Rio de Janeiro Fornecimento de água foi interrompido na manhã desta segunda-feira, 28

O aparecimento de uma espuma de origem desconhecida na Estação de Tratamento de Água do Guandu fez com que moradores de diversos bairros do Rio de Janeiro e região metropolitana ficassem sem água na manhã desta segunda-feira, 28. O desabastecimento aconteceu por ordem da Cedae, empresa responsável pelos serviços de saneamento no Estado. “O protocolo de contingência foi acionado em razão das alterações da qualidade da água bruta (não tratada). Técnicos da Companhia monitoram continuamente as condições do manancial até que a concentração deste material não represente risco e, assim que a situação for controlada, a operação da ETA será retomada”, informou a Cedae. A estação fechada é responsável por 80% do fornecimento de água na capital e região metropolitana e atende cerca de 13 milhões de pessoas. O engenheiro civil-hidráulico Miguel Fernandez explica que a decisão pela paralisação do fornecimento é correta e evita que a população corra riscos. “Essa e a decisão acertada. O correto é interromper o fornecimento e não gerar riscos à saúde da população. Isso é o que está previsto nos protocolos de segurança hídrica e nos procedimentos padrões da operação dos sistemas de abastecimento de água”, diz Fernandez.

O engenheiro também alertou que situações como a de hoje não podem ser normalizadas defendendo uma investigação para identificar os responsáveis. “Isso que aconteceu não é uma questão normal e não pode ser relevada. É um crime ambiental e um crime sobre a saúde pública e os órgãos de controle têm que fazer a investigação”, disse Fernandez. Dentre as medidas citadas pelo profissional, estão perícias sobre os produtos despejados no manancial e monitoramento para encontrar os responsáveis. “Não podemos deixar de controlar e deixar de punir exemplarmente quem tenha feito esse tipo de despejo”, finalizou o engenheiro.

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