Cláudio Castro diz que cenário em Petrópolis é de guerra e que sirenes impediram tragédia maior
Segundo o governador, o Sistema de Alerta e Alarme foi importante para evitar um número maior de óbitos; 78 pessoas morreram
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou que o número de mortos pelas fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis subiu para 78. Em coletiva de imprensa, Castro descreveu a situação como um “cenário de guerra”. “Aos que não estavam ontem aqui: era um cenário de guerra. Nós vimos um carro pendurado num poste”, relatou o governador. “Fomos todos pegos de surpresa. Uma chuva totalmente imprevisível. Não dava para ter uma previsão de uma chuva como essa. Chover nessa época do ano é algo natural, mas uma chuva dessas é algo que desde 1932 não se via”, disse. O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, também presente na coletiva. Castro contou que um engarrafamento ainda dificultou a chegada da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros ao local. Segundo o governador, a tragédia só não foi maior porque as sirenes do Sistema de Alerta e Alarme alertaram os moradores. “As sirenes funcionaram muito bem, muita gente conseguir sair a tempo.”
De acordo com as últimas informações da Defesa Civil, 21 pessoas foram resgatadas com vida. Outros 180 moradores de áreas de risco foram acolhidos. No momento, 372 pessoas desabrigadas ou desalojadas. “O que a gente tem que entender é que há uma dívida histórica desde outras tragédias que tiveram. Foi sim um caráter excepcional, duro, dessa tragédia. Foi a maior chuva desde 1932. Unir uma tragédia histórica com um déficit que realmente existe causou esse estrago todo. Que sirva de lição para que dessa vez a gente haja diferente”, defendeu. São 89 áreas atingidas, com 26 deslizamentos. “A gente não está aqui há dois dias de bobeira. Estamos fazendo um trabalho muito sério. A gente sabe da dificuldade financeira que vive o município de Petrópolis hoje. O governo do Estado vai entrar com o que for necessário. Se nós tivermos mais ajuda, ótimo. Queremos toda a ajuda necessária, mas não será por falta de recursos que nós deixaremos de fazer as obras necessárias”, afirmou.
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