CNA e embaixadora da UE defendem mais diálogo para avançar em acordo comercial

A União Europeia é o segundo principal destino dos produtos agropecuários brasileiros, respondendo por 13% do total das exportações do setor em 2023

  • Por Jovem Pan
  • 22/03/2024 20h07 - Atualizado em 22/03/2024 20h14
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Wenderson Araújo/Trilux Presidente da CNA, João Martins, recebe a embaixadora da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf. Presidente da CNA, João Martins, recebe a embaixadora da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins, recebeu em Brasília (DF), na quinta-feira (21), a embaixadora da União Europeia (UE) no Brasil, Marian Scheugraf, para discutir temas da agenda bilateral do bloco europeu com o país. No encontro, ambos defenderam a necessidade de mais diálogo para avançar nas negociações do Acordo de Livre Comércio entre a União Europeia e o Mercosul. A CNA mostrou preocupação com legislações ambientais europeias que possam impactar o acesso de produtos agropecuários brasileiros na UE e prejudicar, principalmente, pequenos e médios produtores e cooperativas. Segundo a embaixadora, há possibilidade de evolução nas conversas.

A União Europeia é o segundo principal destino dos produtos agropecuários brasileiros, respondendo por 13% do total das exportações do setor em 2023. Martins disse que a CNA é a favor do livre comércio, mas ressaltou que o acordo deve beneficiar os dois lados, para que o agro brasileiro possa ter livre acesso ao mercado europeu com produtos de qualidade. O presidente da CNA também reiterou o compromisso do agricultura e pecuária brasileiras com a sustentabilidade e a preservação ambiental, e falou de iniciativas como o Programa de Intercâmbio AgroBrazil, que leva representantes de embaixadas para conhecer a produção sustentável nas cinco regiões do país.

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Por sua vez, a embaixadora reconheceu o potencial verde e sustentável do agro no Brasil e o papel protagonista do país em ações para mitigar e combater os efeitos negativos das mudanças climáticas. Propôs, ainda, que o país trabalhe cada vez mais na promoção de boas práticas para mostrar no exterior seus bons exemplos de conciliação entre produção e preservação ambiental. Martins e a embaixadora também debateram a possibilidade de realização de um fórum de investimentos, que abordaria potenciais oportunidades em áreas como infraestrutura, fontes renováveis de energia e biocombustíveis, inteligência artificial e digitalização no agro.

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