CNMP rejeita afastamento de Deltan, mas ainda deve decidir sobre abertura de processo

  • 10/09/2019 12h27 - Atualizado em 10/09/2019 13h24
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ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO Pedido de afastamento foi feito pelo senador Renan Calheiros

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) rejeitou, nesta terça-feira (10), o pedido de afastamento do procurador e coordenador da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba, Deltan Dallagnol. A saída preventiva de Deltan do cargo, pedida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), foi rejeitada por unanimidade de votos.

O afastamento ou não do procurador foi votado durante uma sessão que julgaria a abertura ou não de um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra o mesmo. Após um voto, do corregedor Orlando Rochadel Moreira, favorável à abertura do processo, os demais foram adiados por um pedido de vista do conselheiro Fábio Stica.

Mesmo com o adiamento sobre a possibilidade de abertura de um PAD, no entanto, a decisão de não afastar Deltan do cargo continuou permanecendo.

O pedido de Renan

Calheiros entrou com as representações contra Deltan alegando que o procurador tentou, por meio de suas redes sociais, interferir nas eleições para a presidência do Senado Federal, tentando prejudicar sua candidatura.

Ema 9 de janeiro, Deltan escreveu, no Twitter: “Se Renan for presidente do Senado, dificilmente veremos reforma contra corrupção aprovada. Tem contra si várias investigações por corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos senadores podem votar nele escondido, mas não terão coragem de votar na luz do dia.”

Depois, Davi Alcolumbre (DEM-AP) acabou conquistando o cargo de presidente da Casa. Para Calheiros, essa foi uma forma de Deltan exercer atividade politica, algo proibido a membros do Ministério Público (MP).

 

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