Com autorização judicial, Backer volta a vender cerveja Capitão Senra

Denunciada por contaminação de bebidas, a marca travava uma luta na Justiça para retomar a comercialização de seus produtos desde 2019

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2021 20h03
Imagem: Reprodução/Instagram @cervejariabacker Backer anuncia retomada das vendas de cerveja A intoxicação por uma substância química atingiu litros das cervejas da Backer em 2019, deixando dez mortos e 16 vítimas com lesões graves

Após adquirir uma autorização judicial, a Cervejaria Três Lobos, proprietária da Backer, anunciou nesta terça-feira, 11, que voltará a vender a cerveja Capitão Senra. “A Cervejaria Três Lobos Ltda. tem pautado sua atuação na estrita observância das normas e no cumprimento das decisões administrativas e judicias. Nesse sentido, voltará a comercializar a cerveja Capitão Senra, iniciativa fundamental para a manutenção do emprego de seus colaboradores e para honrar seus compromissos”, registrou a empresa em sua conta no Instagram. Nos comentários da postagem, muitos usuários celebraram a volta da comercialização da bebida. O anúncio marca a primeira vez que a empresa se pronuncia sobre a retomada das vendas dos produtos. Desde que foi denunciada pela contaminação de 29 consumidores com dietilenoglicol, a Backer trava uma luta na Justiça para voltar a comercializar seus produtos. A intoxicação pela substância química atingiu litros de cerveja em 2019, deixando dez mortos e 16 vítimas com lesões graves.

Apesar do comunicado relativo à venda da Capitão Senra ter sido divulgado apenas nesta tarde, a marca já havia sido relançada em outubro do último ano. Na ocasião, a apresentação da cerveja ocorreu durante um evento no Templo Cervejeiro da Backer, localizado em Belo Horizonte, a partir de uma parceria firmada entre a Backer e outra empresa fabricante de cervejas. Um mês depois, em novembro, a Justiça estabeleceu a suspensão das atividades da Backer e vetou quaisquer possibilidades de comercialização da Capitão Senra. No entanto, no último dia 22, o juiz Haroldo André Toscano de Oliveira, da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, revogou a proibição. Para tomar a decisão, o juiz analisou que a cerveja não seria produzida no pátio industrial da Backer, mas “sob a responsabilidade de uma empresa detentora dos alvarás sanitários competentes”.

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