Comissão de Ética decide adiar julgamento de denúncia contra Guedes

Ministro recebeu uma queixa pela fala em que comparou servidores públicos a ‘parasitas’

  • Por Jovem Pan
  • 18/02/2020 15h14
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Flickr/Ministério da Economia Segundo Paulo Guedes, agenda de reformas deve passar 'entre três e quatro meses' pelo Congresso Nacional Guedes terá mais um mês antes de saber se será alvo de processo ético

O ministro Paulo Guedes foi denunciado na semana passada à Comissão de Ética da Presidência da República pela fala em que comparou servidores públicos a parasitas. No entanto, o colegiado decidiu nesta terça-feira (18) não julgar a queixa.

Com isso, de acordo com o jornal O Globo, Guedes terá mais um mês antes de saber se será alvo de processo ético. A ação foi movida pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúne diplomatas, policiais federais, auditores da Receita Federal, membros do Ministério Público Federal e funcionários do Banco Central, entre outros.

Declaração

A declaração, alvo da polêmica, foi feita na última sexta em evento no Rio de Janeiro. Guedes defendia a aprovação da reforma administrativa para fazer com que mais recursos possam ser direcionados a áreas essenciais quando começou a falar sobre o custo da folha de pagamento.

“O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo. O cara (funcionário público) virou um parasita e o dinheiro não está chegando no povo”, disse o ministro, sob aplausos da plateia.

Após a má repercussão da declaração, o Ministério da Economia emitiu nota dizendo que “reconhece a qualidade do servidor público”. Guedes também pediu desculpas por meio de mensagens a jornalistas, amigos e familiares. “Me expressei muito mal”, escreveu.

Para o Fonacate, a fala configura “desrespeito gratuito e desmedido” aos servidores e “frontal violação ao Código de Conduta da Alta Administração Federal e ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal”.

“Trata-se de um assédio institucional inaceitável, tanto sob o ponto de vista da dignidade ou do decoro do cargo quanto sob a perspectiva deontológica”, diz a denúncia.

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