Servidores fazem queixa contra Guedes na Comissão de Ética por ‘parasitas’

A declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, aconteceu na última sexta-feira (7) durante evento no Rio de Janeiro em que defendia a reforma administrativa do governo

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2020 13h26
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O ministro da Economia, Paulo Guedes

Servidores da elite do funcionalismo protocolaram nesta terça-feira (11) uma queixa contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, junto à Comissão de Ética da Presidência da República pela fala em que o ministro comparou a categoria a “parasitas”.

O colegiado ainda precisará avaliar se abre ou não processo para apurar a conduta de Guedes.

A ação foi movida pelo Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúne diplomatas, policiais federais, auditores da Receita Federal, membros do Ministério Público Federal e funcionários do Banco Central, entre outros.

A declaração, alvo da polêmica, foi feita na última sexta em evento no Rio de Janeiro. Guedes defendia a aprovação da reforma administrativa para fazer com que mais recursos possam ser direcionados a áreas essenciais quando começou a falar sobre o custo da folha de pagamento.

“O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo. O cara (funcionário público) virou um parasita e o dinheiro não está chegando no povo”, disse o ministro, sob aplausos da plateia.

Após a má repercussão da declaração, o Ministério da Economia emitiu nota dizendo que “reconhece a qualidade do servidor público”. Guedes também pediu desculpas por meio de mensagens a jornalistas, amigos e familiares. “Me expressei muito mal”, escreveu.

Para o Fonacate, a fala configura “desrespeito gratuito e desmedido” aos servidores e “frontal violação ao Código de Conduta da Alta Administração Federal e ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal”.

“Trata-se de um assédio institucional inaceitável, tanto sob o ponto de vista da dignidade ou do decoro do cargo quanto sob a perspectiva deontológica”, diz a denúncia.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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