Corpo de menina morta a tiro no Alemão será enterrado neste domingo

Ágatha Félix foi vítima de bala perdida na noite desta sexta-feira (20). A Polícia Civil informou que vai realizar a reprodução simulada da morte da criança

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2019 10h42
Reprodução: Redes Sociais Ágatha Felix, de 8 anos, morreu após ser atingida por uma bala perdida na última sexta-feira (20)

O corpo da menina Ágatha Félix, de 8 anos, morta com um tiro nas costas enquanto estava dentro de uma kombi na última sexta-feira (20), no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio será enterrado na tarde deste domingo. O funeral acontecerá no Cemitério de Inhaúma a partir do meio-dia. A informação é do G1.

Na noite da sexta, Ágatha foi levada às pressas para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu ao ferimento. De acordo com relatos de moradores pelas redes sociais, o tiro teria sido disparado por militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que atiraram contra ocupantes de uma motocicleta em fuga.

Ao longo do sábado, moradores do Morro do Alemão e de outras favelas protestaram. Nas redes sociais, diversos protestos foram direcionados ao governador Wilson Witzel. A #ACulpaEDoWitzel chegou em primeiro lugar aos trend topics nacionais do Twitter. Só no ano de 2019, cinco crianças foram mortas por bala perdida no Rio de Janeiro.

Em nota, a Polícia Militar informou que, por volta das 22h desta sexta, (20), equipes policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Fazendinha, que estavam baseadas na esquina da Rua Antônio Austragésilo com a Rua Nossa Senhora, foram atacadas de várias localidades da comunidade de forma simultânea. Os policiais revidaram à agressão.

A nota diz que após o confronto, não foram encontrados feridos na varredura do local. “Na sequência, os policiais foram informados por populares que um morador teria sido ferido na localidade conhecida como Estofador”.

Uma equipe da UPP se deslocou até o Hospital Getúlio Vargas e confirmou a entrada de uma criança de 8 anos ferida por disparo de arma de fogo. A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) vai abrir uma apuração para verificar todas as circunstâncias da ação.

A Polícia Civil informou que vai realizar a reprodução simulada da morte da criança. A família de Ágatha aguardou ao longo de todo o sábado para a liberação do corpo da criança no Instituto Médico-Legal (IML). De acordo com a Polícia Civil, não havia nenhum funcionário de plantão que soubesse operar um scanner corporal – equipamento que permite ver através da pele e dos órgãos e seria fundamental para os exames de balística.

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