CPI ouve executivos chineses e faz acareação entre Youssef e Costa em agosto
Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e doleiro Alberto Youssef são condenados pelo Ministério Público na Operação Lava Jato
Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef são condenados pelo Ministério Público na Operação Lava JatoA Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras definiu os próximos passos das investigações, em agosto, assim que o Congresso Nacional voltar ao trabalho. No dia 5 de agosto, às 14 horas, serão ouvidos dois executivos chineses que estão à frente de empresas mencionadas como fontes de pagamento de propina na Petrobras, a Samsung e a Mitsui.
Os presidentes das duas empresas (J. W. Kim, da Samsung Heavy Industry Ltda., e Shinji Tsuchiya, da Mitsui & Co.) não são acusados de irregularidades. Mas tanto a Samsung quanto a Mitsui foram envolvidas em suspeita de pagamento de propina pelo ex-representante das duas no Brasil Júlio Camargo.
As empresas chinesas alugavam navios-plataforma para a Petrobras. Segundo Júlio Camargo, houve pagamento de propina em troca dos contratos. Ele acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de ser beneficiário do pagamento. Cunha nega e diz que Camargo foi pressionado a fazer a acusação pelo Ministério Público.
O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) disse que os depoimentos dos executivos são importantes para esclarecer o caso. “Vai ser interessante, já que surgiu essa fala do lobista Júlio Camargo na semana passada ao juiz Sérgio Moro. É um bom momento para a gente ouvir esses empresários para ver, de fato, se eles pagaram alguma comissão, algum tipo de valor a título de propina ao empresário Júlio Camargo, um bom momento até para a gente avançar nessa investigação, ajudar a Operação Lava Jato a avançar um pouco mais nessa questão”, ressaltou.
Acareação
Depois de ouvir os empresários chineses, a CPI da Petrobras vai fazer uma acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, no dia 6 de agosto, às 9h30.
Os dois fizeram acordo de delação premiada com a Justiça, mas divergem em alguns pontos. Segundo Paulo Roberto Costa, Youssef operacionalizou um pagamento de R$ 2 para a campanha de Dilma Rousseff em 2010, pedido que teria sido intermediado pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Pallocci. O doleiro nega.
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