De olho na eleição 2018, Ministro do Trabalho pede demissão

  • Por Jovem Pan
  • 27/12/2017 18h29 - Atualizado em 27/12/2017 20h12
Beto Barata/PR Michel Temer e Ronaldo Nogueira Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB-RS) deixa a pasta para concorrer ao cargo de deputado federal

O Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB-RS), oficializou seu desligamento da pasta. O motivo da demissão não foi divulgado pelo Planalto, mas Nogueira deve concorrer ao cargo de deputado federal pelo Rio Grande do Sul.

Em pouco mais de um ano no cargo, Nogueira foi elogiado pelo crescimento do emprego formal, mas também recebeu críticas por alterar as regras de fiscalização do trabalho escravo.

A saída de petebista força ainda mais a reforma ministerial projetada por Temer para março de 2018. A expectativa é que 17 dos 28 ministros sejam trocados até lá.

O deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) é o nome mais cotado para assumir a vaga deixada por Nogueira.

Em carta de demissão, Nogueira destaca reforma trabalhista

Em carta de demissão divulgada nesta quarta-feira (27), o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que a reforma trabalhista “quebrou” com 75 anos de imobilismo e colocou o “Brasil ao lado das nações mais desenvolvidas do mundo”. O documento faz uma espécie de balanço de sua passagem pelo cargo.

“Com perseverança e convicção, desde o primeiro dia de trabalho buscamos a meta estabelecida por Vossa Excelência: modernizar as relações de trabalho no Brasil”, diz Nogueira na carta.

“Com a vigência da Lei da Modernização Trabalhista quebramos 75 anos de imobilismo, e o futuro finalmente chegou em terras brasileiras. Saímos de um modelo de alta regulação estatal para uma forma moderna de autocomposição dos conflitos trabalhistas, colocando o Brasil ao lado das nações mais desenvolvidas do mundo”, afirmou.

No documento, Nogueira afirma também que essas medidas proporcionaram uma “ampla retomada da empregabilidade”. Outro destaque feito pelo ministro foi a liberação de recursos do Fundo de Garantia. “Na qualidade de presidente do Conselho Deliberativo do FGTS, em uma ação do conjunto do Governo, empreendemos a liberação de mais de 45 bilhões de reais do fundo aos trabalhadores brasileiros”, disse.

Ao final do texto, o ministro confirma intenção de se candidatar à reeleição como deputado federal pelo seu Estado, o Rio Grande do Sul. “Como decidi que apresentarei meu nome à elevada apreciação do povo gaúcho nas eleições do ano que vem, e de forma coerente com aquilo que sempre preguei, venho por meio desta pedir minha exoneração do cargo de Ministro de Estado do Trabalho. Volto à Câmara dos Deputados, de onde continuarei a defender de forma aguerrida as reformas que modernizem a sociedade brasileira”, complementou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.