Delta Tankers afirma que não foi procurada por autoridades brasileiras

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2019 18h18 - Atualizado em 04/11/2019 18h21
Leo Noordzij/MarineTraffic.com Navio grego Bouboulina, da Delta Tankers

A empresa Delta Tankers, administradora do navio grego Bouboulina, afirmou por meio de nota, que não foi procurada pelas autoridades brasileiras. Na última sexta-feira (1º), a procuradoria do Rio Grande do Norte identificou, após a Polícia Federal (PF) deflagrar a Operação Mácula, que há “fortes indícios” de que o navio petroleiro de bandeira negra havia derramado o óleo que atinge o litoral do Nordeste desde o final de agosto.

A petroleira, no entanto, afirmou ainda que “não há provas de que o navio tenha parado, conduzido qualquer tipo de operação STS (ship to ship), derrabado ou vazado óleo, desacelerado ou desviado do rumo, em sua passagem da Venezuela para Melaka, na Malásia”.

A nota, do último sábado (2), informa também o material levantado pela empresa será compartilhado “de bom grado com as autoridades brasileiras, caso entrem em contato com a empresa nesta investigação”. Segundo a petroleira, o contato ainda não havia sido feito por parte das autoridades brasileiras responsáveis.

Nesta segunda-feira (4), o delegado da PF, Franco Perazzoni, informou durante coletiva de imprensa que a fase sigilosa da investigação havia terminado e que, a partir de agora, as autoridades solicitarão os dados da empresa grega por meio de colaboração internacional das polícias.

Um comunicado inicial da Delta Tankers, publicado na última sexta (1º), afirma que a embarcação Bouboulina “partiu da Venezuela em carga em 19 de julho de 2019, indo diretamente, sem paradas em outros portos, para Melaka, na Malásia, onde descarregou toda a carga sem qualquer falta.”

O almirante Leonel Puntel, comandante das operações navais que acompanham as manchas de óleo que atingem o Nordeste do país deste o final de agosto, afirmou nesta segunda (4), que a Marinha do Brasil está em contato com as autoridades marítimas da Grécia para obter mais informações sobre a embarcação. De acordo com Puntel, é uma situação inédita no mundo. “É um situação inédita no Brasil e no mundo, além do inquérito da PF, há outros dois inquéritos da Marinha que tem o poder de alcançar os responsáveis.”

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