‘Democracia não se faz com milícia digital, é preciso diálogo e pacto federativo’, alega Doria
João Doria lamentou as agressões aos funcionários da Assembleia Legislativa de São Paulo por parte de um “grupo expressivo de vândalos” que causaram prejuízos ao prédio público na aprovação da reforma da Previdência do Estado ocorrida na última terça-feira (3). “Que democracia é essa que se faz dessa maneira?”, questionou o governador do Estado de São Paulo em entrevista ao Jornal da Manhã.
Ao citar o ocorrido, Doria lembrou que o presidente Jair Bolsonaro foi convidado para dialogar “sem hostilidade” com os governadores — mas ainda não aceitou o convite. “Não é possível apoiar democracia sem diálogo e pacto federativo. Não é o governo federal que tem impacto na vida do cidadão, mas sim os governadores e prefeitos.”
“É preciso dialogar o aceitar o contraditório. É saber ouvir críticas para ou aprimorar ou questionar. Governar pelo WhatsApp não é o recomendável”, destacou.
O governador do Estado ressaltou que a força da política está com o povo, que é quem elege os governantes, e lembrou da sua carreira. “Sai do setor privado e fui crescendo, nós lutamos para vencer o petismo. Democracia não se constrói com demonização e milícia digital. Precisamos de moderação, diálogo e entendimento.”
Doria lembrou ainda que o montante de R$ 32 bilhões que devem ser economizados nos próximos 10 anos com a aprovação da reforma da Previdência do Estado de São Paulo será investido em infraestrutura, saúde e habitação popular.
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