Dilma diz no Senado que será eternamente grata a quem votar para absolvê-la

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/08/2016 13h00
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária para votar a Denúncia 1/2016, que trata do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff por suposto crime de responsabilidade. Mesa: primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado Federal, senador Vicentinho Alves (PR-TO); presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB-AL); presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski; secretária-geral da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), Fabiane Pereira de Oliveira Duarte; economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo (testemunha de defesa) Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado Edilson Rodrigues/Agência Senado Senado realiza segundo dia de julgamento contra Dilma - Ag. Senado

A presidente afastada da República Dilma Roussef fez, nesta segunda-feira, 29, um apelo final aos senadores para que a absolvam no processo de impeachment. A declaração foi dada durante seu depoimento no Senado. No discurso, a presidente pediu que se faça justiça com uma presidente que jamais cometeu um ato ilegal. No apelo aos senadores, ela disse que cada um deveria votar contra o impeachment e em favor da democracia.

“Eu respeito meus julgadores, não nutro rancor por quem votar a favor do impeachment e tenho muito apreço pelos que têm lutado bravamente pela minha absolvição, a quem serei eternamente grata”, afirmou. Dirigindo-se aos senadores indecisos, mesmo os da oposição, ela disse que para a condenação política é obrigatória a existência de crime de responsabilidade, cometido dolosamente e comprovado de forma cabal. “Pensem no terrível precedente que essa decisão pode abrir para outros presidentes, governadores e prefeitos atuais e futuros. Condenar um inocente, esse é o precedent”.

Segundo ela, o “golpe” que está se desenhando não vai solucionar a crise brasileira, mas sim agravá-la. “Peço que façam justiça a uma presidente honesta que jamais cometeu qualquer ato ilegal”.

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