Diretor do Dnit diz que órgão tem responsabilidade pela queda da ponte entre Tocantins e Maranhão

‘Eu entendo que o Dnit é o responsável pela queda dessa ponte; o Dnit precisa apurar para entender o que aconteceu’, disse Galvão ao Fantástico, mas não soube explicar por que a ponte não foi interditada

  • Por da Redação
  • 30/12/2024 12h05 - Atualizado em 30/12/2024 12h07
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Reprodução/Instagram/@vshenrique Imagem gravada por drone mostra rompimento na ponte O desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira resultou na morte de pelo menos 10 pessoas

O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Fabrício Galvão, declarou que o órgão tem responsabilidade pelo desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que resultou na morte de pelo menos 10 pessoas e deixou 7 desaparecidos. O incidente ocorreu no dia 22 de dezembro, quando parte da estrutura da ponte entre Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão, com 533 metros de extensão e mais de seis décadas de existência, colapsou. A passagem faz parte de um eixo rodoviário importante para a região Norte, por ser ponto de travessia das rodovias BR-226 (Belém-Brasília) e BR-230 (Transamazônica).

O colapso da ponte atingiu dez veículos, incluindo caminhões que transportavam substâncias perigosas, como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, que acabaram caindo no Rio Tocantins. “Eu entendo que o Dnit é o responsável pela queda dessa ponte. O Dnit precisa apurar para entender o que aconteceu”, disse Galvão ao Fantástico.

“O Dnit monitora suas mais de 6,2 mil pontes pelo Brasil. A gente avalia todas, acompanha, interdita, trabalha com todas as pontes, gerencia diariamente com nossas superintendências, e essa é a pergunta (por que a ponte caiu?) que o Dnit está investigando para buscar respostas”, disse o diretor-geral. Durante a entrevista, Fabrício Galvão não soube explicar por que a ponte não foi interditada, mesmo com as falhas já identificadas anteriormente.

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Um relatório de 2020 já havia identificado 19 tipos de danos estruturais na ponte, com fissuras em 14 dos 16 pilares. A condição da ponte foi classificada como “ruim” em um documento gerencial do Dnit. Em 2024, o órgão lançou um edital para a reabilitação da estrutura, mas não recebeu propostas de empresas interessadas.

Para a reconstrução da ponte, o Dnit planeja investir entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, após a demolição da estrutura que desabou. A Polícia Federal está à frente das investigações sobre o acidente. As equipes da Marinha do Brasil e do Corpo de Bombeiros conseguiram localizar a décima vítima, enquanto as buscas por sete pessoas que continuam desaparecidas foram retomadas, após uma pausa devido ao risco de novos desabamentos.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Carol Santos

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