Doleira da Lava Jato tira tornozeleira eletrônica graças a indulto natalino de Temer

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2019 19h02 - Atualizado em 06/08/2019 19h54
Reprodução/Instagram nelma-kodama-doleira-lava-jato.jpg Nelma compartilhou uma foto em que aparecia de vestido longo vermelho, sapato de salto alto da grife Chanel e tornozeleira

A doleira Nelma Kodama teve sua pena de 15 anos de prisão extinta, nesta terça-feira (6), graças ao indulto natalino concedido no final de 2017 pelo ex-presidente Michel Temer. Em publicação nas redes sociais, Nelma apareceu balançando o pé, já sem tornozeleira eletrônica.

Ela foi presa em 2014 em operação da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo quando tentava embarcar para a Itália com 200 mil euros escondidos na calcinha. A doleira, conhecida como a “Dama do Mercado”, foi condenada pela Operação Lava Jato. A decisão foi do juiz federal Danilo Pereira Júnior, da 12.ª Vara Federal de Curitiba.

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No mês passado, Nelma compartilhou uma foto em seu perfil no Instagram em que aparecia de vestido longo vermelho, sapato de salto alto da grife Chanel e tornozeleira eletrônica. Dois dias depois, postou mais uma imagem com o mesmo look e com uma provocação na legenda. “Se existe ainda quem queira me condenar… Venha logo a primeira pedra atirar”, escreveu, colocando como hashtags os nomes de alguns veículos de imprensa.

Entre suas emblemáticas aparições está um depoimento à CPI da Petrobrás em 2015 em que cantou trecho de uma música de Roberto Carlos para explicar como era sua relação com o doleiro Alberto Youssef.

“Sob meu ponto de vista, eu vivi maritalmente com Alberto Youssef do ano de 2000 a 2009. Amante é uma palavra que engloba tudo, né? Amante é esposa, amante é amiga”, disse. “Tem até uma música do Roberto Carlos: a amada amante, a amada amante. Não é verdade? Quer coisa mais bonita que ser amante? Você ter uma amante que você pode contar com ela, ser amiga dela”, completou.

Em seguida, cantarolou ‘Amada Amante’, sucesso de 1971.

Indulto natalino de Temer

Assinado em 2017 pelo então presidente Michel Temer, o indulto natalino contestado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) beneficia, atualmente, réus condenados no mensalão. É o caso dos ex-dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello e José Roberto Salgado e do publicitário Ramon Hollerbach Cardoso, ex-sócio do operador do esquema, Marcos Valério.

O indulto prevê que condenados por crimes sem violência ou grave ameaça possam solicitar o benefício na Justiça, que inclui redução ou perdão da pena. Dentre eles, estão os “presos de colarinho branco”, como da Operação Lava Jato.

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