O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou em acordo de delação premiada que pagou US$ 6 milhões em propina ao presidente do Senado, Renan Calheiros e ao senador Jader Barbalho. Delcídio Amaral, preso na Operação Lava Jato, teria recebido outros US$ 2 milhões, segundo Cerveró.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, os pagamentos não viriam de uma única obra, mas de um emaranhado de propina arrecadada em contratos da diretoria internacional.
Entre eles, estão contratos de construção dos navios-sonda e a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Cerveró disse ainda que foi nomeado ao cargo graças ao peso político de Delcídio, de quem havia sido “braço-direito” na área d egás da estatal entre 1999 e 2001.
O lobista Fernando Baiano, também delator, tem versão parecida com a do ex-diretor da estatal. Segundo Baiano, Renan Calheiros e Jader Barbalho teriam recebido US$ 6 milhões de propinas em contratos de navios-sonda, e Delcídio Amaral teria ficado com “comissão” de US$ 1,5 milhão relacionada à compra de Pasadena.
Renan Calheiros, presidente do Senado, negou a imputação feita na delação.
*Informações do jornal Folha de S. Paulo