Em dois anos, governo fez coisas que se esperava em 20 anos, diz Temer
O presidente da República, Michel Temer, abriu congresso do setor de supermercados nesta segunda-feira (7), na capital paulista, com um aceno à iniciativa privada. Empenhado em devolver aos empresários parte do crédito pelo desempenho da economia no ano eleitoral, Temer disse que o País deveria se orgulhar de suas atuais taxas de juros e inflação.
Temer comparou o Brasil à Argentina, lembrando que a inflação no país vizinho atinge a marca de 25%, enquanto a taxa de juros está em 40%. “O Meirelles disse em seu discurso que nós fizemos em dois anos o que era para ter sido feito em oito anos (…). Mas com toda a modéstia de lado, eu acho que em dois anos fizemos o que se esperava em 20 anos”, disse Temer.
O presidente ressaltou o fato de não ter aumentado impostos desde que assumiu. E mandou um recado aos críticos do governo. “Nós temos dois anos de governo e não houve aumento de impostos. Quando chegamos, falava-se muito na CPMF, e nós nem tocamos no assunto”, disse Temer, em referência à Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira, cuja recriação vinha sendo estudada no fim da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
Em um afago aos empresários, Temer disse que os resultados alcançados em seu governo não se devem apenas à administração federal, mas reflete também a atuação da iniciativa privada. Dizendo ter tomado uma “injeção de ânimo” ao participar do evento. “O Brasil tem que se orgulhar daquilo que está acontecendo no nosso Brasil. Mas isso não se deve apenas à ação do governo. Até acho que é menos à ação do governo e mais à ação da iniciativa privada”, disse, acrescentando que os supermercados, em especial, servem de termômetro para a economia.
“Os senhores podem se preparar para vender cada vez mais. Porque a confiança na economia está de volta. O Brasil, com todas as dificuldades, retomou o caminho do crescimento. E não é qualquer crescimento. É um crescimento responsável. É um crescimento que se sustenta no tempo. Como disse o Meirelles, nós não produzimos medidas populistas. Produzimos medidas responsáveis”, disse Temer.
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