Em processo de interiorização, Brasília recebe 50 venezuelanos vindos de Roraima

  • Por Agência Brasil
  • 24/07/2018 16h20
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Agência Brasil Os venezuelanos serão acolhidos pela organização Aldeias Infantis SOS. Desse total, 20 são crianças

Mais de 100 migrantes venezuelanos chegaram a Brasília nesta terça-feira (24) por volta das 14h45 em um avião da FAB preparado para transporte em missões humanitárias. Desse total, 50 serão acolhidos em Brasília. O restante segue para São Paulo e Rio de Janeiro. Visivelmente cansados, mas com um leve sorriso no rosto, os venezuelanos saíram de Boa Vista (RR) pouco depois das 9h (horário de Brasília), mas foram acordados por volta das 4h da madrugada.

Eles integram uma nova etapa do processo de interiorização e estão sendo recebidos, ao longo de todo o dia, em abrigos de quatro capitais. O primeiro destino da aeronave militar foi Cuiabá onde 24 pessoas foram encaminhadas para o Centro Pastoral do Migrante.

Esta é a primeira vez que Brasília recebe venezuelanos que deixaram seu país de origem motivados pela insegurança política, estado de violência ou pela crise econômica. Na capital, 50 migrantes serão acolhidos pela organização Aldeias Infantis SOS. Desse total, 20 são crianças, sendo sete bebês de colo.

A mesma aeronave segue agora para São Paulo, onde 21 venezuelanos receberão abrigo na Casa do Migrante Missão Paz.

Mais 36 venezuelanos, incluindo mulheres e crianças, serão levados para a Casa de Acolhida Papa Francisco, administrada pelo Programa de Atendimento a Refugiados da Cáritas, no Rio de Janeiro.

Acolhimento

Entre abril e julho deste ano, o processo de interiorização dos migrantes que pediram refúgio ou residência no Brasil já envolveu 690 venezuelanos que foram levados de Roraima, por onde a maioria entra no país, para outras cidades. A maioria deles (267) foi para São Paulo, mais 165 para Manaus, 95 para Cuiabá, 69 para Igarassu (PE), 44 para Conde (PB) e 50 para o Rio de Janeiro (RJ). O acolhimento depende do interesse das cidades de destino em participar do processo e da existência de vagas em abrigos.

Em nota, a Casa Civil da Presidência da República informou que, antes do acolhimento, são feitas reuniões com autoridades locais e coordenação dos abrigos para definição de detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da língua portuguesa e cursos profissionalizantes.

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