Em São Paulo, manifestantes ameaçam promover greve geral no País

  • Por Agência Brasil
  • 11/06/2016 00h35
São Paulo 10/06/2016 Ato contra o golpe, na avenida Paulista.Ex-Presidente Lula Foto Paulo PInto/AGPT Paulo Pinto/ AGPT Lula durante ato contra Governo Temer na Av. Paulista - Ag. PT

Durante ato realizado na noite desta sexta-feira (10), na Avenida Paulista, em São Paulo, movimentos sociais e sindicais ameaçaram  promover uma greve geral no país, caso o governo do presidente Michel Temer promova mudanças na Previdência Social ou a perda de direitos de trabalhadores.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse que “Se passar a pauta conservadora de mexer com a Previdência, de tirar os direitos dos trabalhadores, estamos conclamando vocês: vamos organizar a maior greve geral que este país já teve”.

“O governo Temer não vai ter sossego porque nós não admitimos que o capital financeiro faça os ajustes retirando os direitos e acabando com os direitos do povo brasileiro”, disse Gilmar Mauro, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo sem Medo e reuniu movimentos e centrais sindicais. Teve também a presença de muitos políticos  da região, além de um show do cantor Chico César. “Aqui é momento de unidade de todas as forças populares, democráticas e de esquerda para barrar o golpe e depor um governo ilegítimo”, disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Também participou do ato o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, pela manhã, recebeu a visita da presidenta afastada Dilma Rousseff, na capital paulista, para conversarem, segundo o Instituto Lula, sobre “a situação política do país”.

Na Paulista, Lula discursou por cerca de 35 minutos. No início de seu discurso, Lula disse que não poderia convocar uma greve geral no país: “Não posso falar em greve geral porque não estou dentro da fábrica e porque aposentado não faz greve”.

Segundo os organizadores, o ato contou com a presença de 100 mil pessoas. A Polícia Militar não fez uma estimativa do público presente à manifestação.

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