Empresário Otávio Fakhoury tem pedido atendido por Toffoli e poderá ficar em silêncio na CPI
Empresário bolsonarista é suspeito de financiar impulsionamento de notícias falsas sobre a pandemia
O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, que será interrogado pela CPI da Pandemia nesta quinta, 30, poderá ficar em silêncio e não responder os questionamentos feitos pelos senadores. Fakhoury teve pedido atendido pelo ministro Dias Toffoli e assegurou o direito constitucional ao silêncio para o empresário, incluído o privilégio contra a autoincriminação. O empresário também poderá ser assistido por seus advogados e comunicar-se com eles durante o interrogatório. Fakhoury é acusado de financiar a disseminação de notícias falsas sobre a pandemia e também é investigado no inquérito das fake news conduzido por Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).
O requerimento para convocar Fakhoury a depor foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que acredita que o empresário seja “o maior financiador de disseminação de notícias falsas”, através dos canais Instituto Força Brasil, Terça Livre e Brasil Paralelo. “Esses canais estimularam o uso de tratamento precoce sem eficácia comprovada, aglomeração e diversas outras fake news sobre a pandemia”, justifica Randolfe. Fakhoury já teve os sigilos bancário, telefônico, fiscal e telemático quebrados pela CPI, que recebeu documentos da Receita Federal e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco, Santander e Paypal também encaminharam informações sobre o empresário.
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