Entenda como funciona a fila da lista de transplantes e por que Faustão já recebeu coração
Ministério da Saúde explicou que existem critérios técnicos que levam em consideração a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura e a gravidade; apresentador foi operado neste domingo, 27
Internado desde o dia 5 de agosto para tratamento de insuficiência cardíaca, o apresentador Faustão passou por transplante de coração neste domingo, 27, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Na última semana, ele teve uma piora em seu estado de saúde e os médicos consideraram necessário realizar a operação com urgência. Seu quadro foi dado como delicado pelos profissionais que o acompanham, o que fez com que ele entrasse na lista de transplante regida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que leva em consideração, para definição da priorização, o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso. Diante do anúncio da operação de Faustão, o Ministério da Saúde fez um comunicado explicando como funciona o Sistema Nacional de Transplantes. Segundo a pasta, a lista é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada em todo o país. Os critérios da lista de espera são técnicos e levam em consideração o tipo sanguíneo, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade, afirma a nota. Quando esses critérios técnicos são semelhantes, “a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica”, informou o ministério.
O Ministério da Saúde também explicou que Fausto Silva, em razão de seu estado grave de saúde, “recebeu um coração após constatada a compatibilidade necessária para o procedimento”. De acordo com o comunicado, além do caso do apresentador, entre os dias 19 e 26 de agosto “foram realizados 11 transplantes de coração no país, sendo sete no Estado de São Paulo, unidade da federação com maior volume de transplantes”, e no “primeiro semestre de 2023, foram realizados 206 transplantes de coração no Brasil, o que representa aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado”. A nota ainda destacou que o Brasil tem o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo e que toda a estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, que assegura que “cirurgias de alta complexidade sejam realizadas para pacientes da rede pública e privada, em situação de igualdade”. Faustão foi operado neste domingo e a cirurgia durou cerca de 2h30. Ele permanece na UTI, “pois as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição”, diz o comunicado do Hospital Albert Einstein encaminhado à Jovem Pan.
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