Entenda o caso Leandro Bossi, desaparecido há 30 anos no Paraná

Menino foi visto pela última vez em um show, realizado em uma praia de Guaratuba, em 1992; caso será reaberto e investigado como homicídio

  • Por Jovem Pan
  • 13/06/2022 18h37
Polícia Civil/Divulgação Leandro Bossi: garoto loiro de sete anos de idade Leandro Bossi desapareceu em Guaratuba, no Paraná, em 1992

O Governo do Paraná confirmou, na sexta-feira, 10, que uma ossada analisada corresponde com o material genético de Leandro Bossi, menino desaparecido há 30 anos em Guaratuba, no litoral do Estado. O caso será reaberto e investigado como homicídio. O menino desapareceu em fevereiro de 1992. Na época, aos sete anos, ele foi visto pela última vez em um show, realizado em uma praia da cidade. A polícia foi acionada, mas nenhum indício foi encontrado. O nome de Leandro entrou para a lista do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (SICRIDE). Quase dois meses depois, em 6 de abril, Evandro de Ramos Caetano, de seis anos, também desapareceu na cidade. De acordo com Maria Caetano, mãe do menino, a vítima disse que voltaria para casa, para buscar um videogame. Contudo, ele sumiu. Após cinco dias, um corpo foi encontrado em uma área de mata por lenhadores. No local, foram encontradas as chaves da casa do menino, além de um par de chinelos. O pai de Evandro, Ademir Caetano, reconheceu o filho, no Instituto Médico-Legal (IML), por meio de uma marca de nascença nas costas. À época, cinco pessoas confessaram o crime.

Ossada é encontrada um ano depois

Em fevereiro de 1993, uma ossada foi encontrada por crianças no mesmo matagal onde o corpo de Evandro Ramos havia sido localizado. Além disso, roupas de Leandro Bossi foram achadas no local. O material passou por exames de DNA. O resultado foi negativo. Segundo um laboratório de Minas Gerais, que realizou o procedimento, a ossada era de uma menina, que também estava desaparecida. Os anos se passaram e Leandro ainda era considerado desaparecido pelas autoridades. Contudo, no ano passado, quase 30 anos depois, fragmentos da ossada foram enviados para comparação com o material genético de oito mães de crianças desaparecidas. Entre elas estava Paulina Bossi, mãe de Leandro. O resultado, divulgado na sexta pelo governo paranaense aponta que a ossada é de Leandro Bossi. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP-PR), o material é o mesmo que teve resultado negativo e que era da menina, em 1993. A amostra estava no Instituto Médico-Legal (IML) do Paraná. Além disso, foi comprovado 99,9% de compatibilidade da ossada analisada com o material coletado da mãe de Leandro. Com o resultado, o nome do menino foi retirado da lista de crianças desaparecidas. Agora, o caso será reaberto e investigado como homicídio pela Delegacia de Guaratuba.

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